Por - Yuri, Luca, Henrique, Cauê, Ivan, Davi, Arthur, Kael, Guilherme E, Lui e Mariah P.
Manual
de Sobrevivência
o
que é e quando ocorre o bullying?
O
que é Bullying:
Bullying
é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma
pessoa vulnerável, que podem causar graves danos a integridade das
vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que
significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o
português.
No
Brasil, o bullying é traduzido como o ato de ridicularizar uma
pessoa. Essa é a práticas mais comuns do ato de praticar bullying.
A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo
de se sentir superior a vítima, humilhando-a ou a agredindo
fisicamente.
O
bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se
defender sozinho ou por algum motivo é desvalorizada no ambiente em
que se encontra. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por
causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e
influência que exercem sobre o meio social em que está inserido. O
bullying pode ser praticado em qualquer ambiente.
Para
a justiça brasileira, o bullying está enquadrado em infrações
previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão
corporal. Ainda não existe uma lei que puna os agressores com o
devido merecimento.
O
que não é bullying?
Discussões
ou brigas pontuais não são bullying. Uma das principais
características do bullying é a repetição, ou seja, o bullying
ocorre somente quando o autor do ato o pratica repetidamente, além
disso o autor é normalmente alguém influente no meio que se
encontra. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também
não são considerados bullying.
Todo
bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada
como bullying.
Para
Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da
Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral
deve apresentar quatro características: a intenção do autor em
ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público
espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. “Quando
o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora,
desmotivando a ação do autor”, explica a especialista.
O
espectador também participa do bullying?
Sim.
É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e
o alvo. Mas os especialistas alertam para esse terceiro personagem
responsável pela continuidade do conflito, por conta que encorajam o
autor a seguir com seus atos, fazem dessa forma por medo de se
tornarem as vítimas. Geralmente, estão acostumados com a prática,
encarando-a como natural dentro do ambiente escolar.
Essa
atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques
ou por falta de iniciativa para tomar partido. Também são
considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como
torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de
incentivo.
O
espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que
pode sofrer também no futuro. Se for pela internet, por exemplo, ele
apenas repassa a informação. Mas isso o torna um coautor”,
explica a pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do livro
Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar
para a Paz.
Manual
de sobrevivência
Como
parar de sofrer bullying
Parte
1
Como
agir
1
Não
dê o troco na mesma moeda. Agir
violentamente pode piorar a situação e causar ainda mais problemas.
Os valentões gostam de sentir que têm poder sobre as pessoas e
perder o controle é o tipo de reação que os satisfaz, encorajando
mais agressões. Responder do mesmo modo mostrará que a tática dele
está funcionando.
Se
for possível tente ignorar, caso ele perceba que não está
funcionando, provavelmente vai parar, pois o objetivo do valentão é
irritar a vítima.
Tente
não ficar emotivo, nem responder com sarcasmo, pois é isso que
eles procuram.
Afaste-se
se ele não parar.
Não
brigue com o bully, seja verbal ou fisicamente.
2
Acabe
com a sensação de superioridade do bully. A
intenção do valentão s para exercer poder sobre elas. Não encare
as ameaças de modo sério e não faça o que ele mandar, assim ele
perceberá que você não é um alvo fácil. I importante é mostrar
a ele que você não é o alvo fácil que ele procura.
3
Compreenda
o modo de agir do bully. Eles
são agressivos e não se importam de usar isso para machucar e
intimidar as pessoas até que elas cedam e façam o que eles exigem.
Preste atenção e detecte o valentão do lugar, assim saberá de
quem se afastar. Eis alguns indícios para identificá-lo:
Ele
pode se achar um máximo, mas está sempre se aproveitando de atos
covardes.
Eles
costumam não aceitar seguir as ordens dos outros.
Costumam
usar a violência como solução para seus problemas
Parte
2
Lidando
com os diferentes tipos de bullying
1
Encare
agressões verbais. O
bullying verbal tem objetivo de ofender e irritar a vítima, pegar os
pontos fracos da autoestima e provocá-los até que ela desapareça
por completo. Não tenha medo de se defender, porém lembre-se de
usar um argumento forte, para o buller não encontrar pontos fracos
em seu discurso. Seja objetivo, entrar em um embate com um bully é
quase sempre uma armadilha. Avise outras pessoas de que está
sofrendo bullying, se for preciso.
Não
responda com emoção, pois é isto o que ele quer.
Lembre-se
de que ele está puxando briga, mas é somente provocação.
Interromper
o ciclo o quanto antes é um fator essencial para se livrar do
problema.
2
Encare
agressões físicas. O
abuso físico é usado para intimidar e convencer a vítima a fazer o
que o agressor quer, gerando um controle sobre a pessoa. Esse tipo de
bullying é extremamente perigoso e precisa ser resolvido o mais
rápido possível, por conta severos impactos negativos que este tipo
de bullying pode causar na vítima. Não tenha medo de procurar ajuda
se isso estiver acontecendo com você.
Converse
com uma pessoa de confiança, que você está sendo agredido,
fisicamente.
Em
geral, a vítima não conta o que está acontecendo por sentir
vergonha ou porque o agressor a ameaça com mais violência. Não
tenha medo de falar o que está acontecendo para os outros por conta
que a situação tende a piorar.
As
agressões físicas são intensificadas na maior parte dos casos de
bullying. O importante é agir rapidamente, em nome de sua
integridade e segurança.
3
Encarando
agressões virtuais. Apesar
de ocorrer pela internet, esse tipo de violência causa danos
bastante reais, como qualquer forma de bullying. O agressor ameaça e
expõe a vítima em redes sociais para constranger, ofender e
intimidar, mas existem meios para combater isso:
Ignore
as mensagens. Ele quer sua atenção, quer deixá-lo com raiva até
não aguentar mais. Ignorá-lo é certamente o melhor jeito de
fazê-lo perceber que você não é um alvo possível. Você pode
fazer isso bloqueando-o e evitando contato
Ameaçar
alguém pela internet é crime, que pode ser delatado em qualquer
delegacia.
Guarde
todas as provas e evidências que tiver. E-mails que comprovem a
ameaça devem ser impressos, bem como imagens da tela (print
screen)
nos casos necessários.
Informe
alguém de que está sofrendo agressões e ameaças pela internet e
outros meios virtuais.
Parte
3
Conseguindo
ajuda
1
Preste
atenção a casos de assédio com outras pessoas. A
tática do agressor é isolar e impedir que a vítima tenha contato
com quem possa ajudá-la. Parte da prevenção do bullying consiste
em estar alerta e pronto para combatê-lo. O agressor entenderá o
recado se uma ou duas pessoas entrarem na história para proteger a
vítima. Fique de olho, não tenha medo de contar a todos e
confrontar o bully para mostrar que esse tipo de atitude é
intolerável. Um método útil é de mostrar ao bully que ele não é
tão forte quanto pesa que é.
Um
grupo com poucas pessoas já é o suficiente para que ele se afaste.
Duas pessoas já ajudam muito, isso acontece, pois ele irá se
sentir em desvantagem.
Convença
seus amigos a tomarem a mesma atitude se isso acontecer com você.
2
Tente
não ficar sozinho. Em
geral, o agressor escolhe sua vítima por parecer fácil intimidá-la.
Pessoas desacompanhadas são ótimos alvos. Para não parecer
vulnerável, fique sempre por perto de amigos e colegas de trabalho
ou escola.
Fique
perto dos adultos se você for uma criança.
Quando
sentir medo, peça para um amigo acompanhá-lo.
Caso
nenhum dos pontos acima seja possível, tente ficar próximo a
grandes grupos de pessoas, eles tendem a atacar menos quando estão
expostos a grandes grupos de pessoas.
3
Fale
com alguém. Já
que a ideia é isolar e atacar vítimas aparentemente indefesas,
cerque-se de gente. Embora seja assustador, conseguir ajuda é um dos
melhores modos de acabar com as agressões. Nunca tenha
medo de pedir ajuda.
Caso
conheça alguém passando por isso, ofereça ajuda.
Vá
à escola e fale com os professores e diretores se o seu filho
estiver sofrendo assédio.
4
Busque
ajuda profissional. Fazer
terapia ou conversar com um psicólogo pode ser de grande ajuda, já
que esses profissionais podem restabelecer a autoconfiança e
autoestima, anulando ou amenizando os efeitos das agressões.