sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Manual de Sobrevivência: como combater a agressão

Parte 1 
Ignorando o agressor

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Ignore completamente o agressor. Em geral, crianças praticam bullying porque não sabem como lidar com os outros ou sentem-se mal consigo mesmas. Ao agredir as pessoas, acham que vão aliviar os próprios problemas. Assim, você pode amenizar a situação se fingir que não está ouvindo o agressor e se afastar. Basta pegar suas coisas e deixar o local. Você pode também ignorar a presença do agressor e tudo o que ele fizer. Se mostrar que pode ouvi-lo, mas que não se importa, essa pessoa vai deixar de vê-lo como uma possível vítima e acabar indo embora.
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Evite cruzar o caminho do agressor se não conseguir ignorar a sua existência. Por mais que seja impossível mudar de escola ou ficar em casa o tempo todo, você pode mudar de rota para ir às aulas e ao intervalo, por exemplo.[4] Essas estratégias vão diminuir as chances de haver incidentes. Fique rodeado de pessoas. Se vir você circulando acompanhado por áreas sem supervisão, o agressor pode desistir de se aproximar.

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Mantenha a postura ereta e seja confiante, mesmo que tenha de fingir. Passe uma imagem de irredutibilidade e ande de cabeça erguida. Assim, vai mostrar que tem orgulho de si mesmo e que nada pode incomodá-lo. Agressores podem até desistir de se aproximar se virem que suas vítimas são fortes e não vão se deixar abater pela sua imaturidade.
  • Contenha seus sentimentos para passar uma imagem inatingível e forte às pessoas. Se vir que você está magoado, o agressor vai saber que suas ações surtiram efeito. Lembre-se: tudo o que ele quer é forçar uma reação sua para entender que suas investidas deram certo. Se não der essa satisfação a ele, você vai forçá-la a trocar de alvo.
  • Conte de 100 a 0 ou recite o alfabeto para controlar seus sentimentos. Ao distrair a mente, você vai exercer uma força maior sobre emoções e a vontade de chorar.
  • Chorar não é sinal de infantilidade. Todos podem se expressar assim quando estão tristes, sem medo de serem julgados. Porém, pessoas cruéis podem vir esse gesto como uma fraqueza — e acabar se aproveitando.
Parte 2  
Chamando a atenção do agressor

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Peça que o agressor pare sem perder a calma. Quando estiver sendo agredido, imponha-se e fale com clareza. Encare a pessoa diretamente e diga: "Pare!".[8] Quem comete bullying costuma buscar alvos fracos, sem resistência; às vezes, basta dizer "Não" para afastá-los.
  • Se tiver medo de reagir por conta própria, peça que um amigo fique por perto. Ele não precisa dizer nada, mas pode dar coragem a você para se defender.

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Ria da situação. Quando o agressor atacar, balance a cabeça e ria do seu comportamento idiota, imaturo e cômico de tão bobo. O riso pode surpreender essa pessoa e fazê-la parar de incomodar os outros.






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Peça ajuda a amigos. Você não precisa reunir um grupo muito grande para deter o bullying; um ou dois amigos podem bastar. Peça que seus companheiros digam ao agressor que ele está sendo "cruel e imaturo" ou "fazendo o papel de bobo". Se essa pessoa passar por isso, vai ficar menos inclinada a tornar a agir assim, principalmente com relação a você.
  • Sempre que presenciar qualquer agressão, defenda a vítima — não importa quem, mesmo que seja a pessoa seja o "seu" agressor. Se for educado e respeitoso com todos, os outros vão deixar você em paz, além de reunir forças para combater outras situações do tipo.
Parte 3 
Conversando com um adulto de confiança

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Não ache que está "dedurando" o agressor. O bullying não é piada e você não deve ter medo de falar com alguém sobre o assunto. Caso não consiga resolver o problema por conta própria, considere alguém em quem confia. Tente conversar com um professor ou outro adulto responsável e, se não se sentir confortável, recorra a seus pais. Eles podem representá-lo e ajudá-lo a criar um canal de comunicação com as devidas autoridades. Lembre-se: o bullying é algo sério e a vítima nunca deve ficar em silêncio com medo de ser vista como "dedo-duro".
Não acredite se for chamado disso. Às vezes, quem comete a agressão se afasta assim que pessoas mais velhas descobrem suas práticas (afinal, tem medo de encrenca).
  • Às vezes, basta que o agressor descubra que um adulto tomou conhecimento da situação para começar a se comportar melhor. Mesmo que esse adulto não converse com ele, a pessoa vai ficar com o pé atrás antes de mexer com você outra vez.
  • Explique-se de modo claro. Se só disser que está sendo "perturbado" na escola, o adulto pode não entender. Seja mais direto: "Eu estou sofrendo bullying e preciso de ajuda".
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Trace um plano para combater a agressão. Quando falar com um adulto, diga que medidas espera tomar. Talvez espere que essa pessoa intervenha quando presenciar alguma situação desagradável ou aprender a se defender, por exemplo. De qualquer maneira, professores e pedagogos têm experiência para enfrentar o bullying e podem orientá-lo de acordo com a situação em que se encontra. Se o primeiro adulto com quem conversar não for de ajuda, recorra a outro. O bullying é completamente inaceitável e, se essa pessoa não fizer nada, busque auxílio em outro lugar até encontrar alguém. Isso vale tanto para as ocasiões em que você for a vítima quanto quando for testemunha.
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Entre em contato com as autoridades legais responsáveis. Se a agressão for séria — e partir, inclusive, de um adulto — e os professores não fizerem nada, converse com outras pessoas: psicólogos, diretores, a polícia etc.








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