Parte 1
Lidando com um momento de exclusão
1
Aceite o ocorrido. Você não tem culpa da exclusão; o término de uma amizade não significa que é um fracasso ou que nunca mais arranjará amigos. O lado positivo é que trata-se de uma condição relativamente temporária.[2] Assim que aceitar o que está sentindo, a sensação desaparecerá, deixando-o livre para agir em resposta.
- Reconheça a sensação de raiva e mágoa para com a pessoa que o excluiu, mas não remoa demais o que está sentindo. Lembre-se de que os sentimentos não são permanentes e servem para ensiná-lo algo importante sobre o mundo social.
- A dor interferirá temporariamente com sua capacidade de se conectar aos outros; quanto mais cedo se permitir sentir todos os sentimentos associados à exclusão, mais cedo conseguirá se recompor e agir.
- A dor da rejeição não pode ser ignorada. Use-a como impulso para procurar uma nova amizade ou como incentivo para desistir de algo em particular.
2
Observe a situação sob outra perspectiva. Às vezes, os eventos nos ajudam a perceber que alguns de nossos comportamentos são problemáticos. O problema é que muitas vezes levamos a rejeição para o lado pessoal. Não conseguir um emprego ou ser rejeitado por um romance tem pouco a ver com as partes intrínsecas de sua personalidade.
- Não transforme a experiência em uma catástrofe. Mesmo se não for o primeiro incidente de exclusão ou rejeição, lembre-se de que a situação nem sempre tem a ver com julgamentos de caráter. Na verdade, trata-se de um sinal de incompatibilidade.
- Se após refletir sobre o assunto, perceber que fez por merecer a exclusão, peça desculpas. Trata-se de uma opção que certamente o ajudará na recuperação, pois sentirá que fez algo social e que tentou consertar a situação.
3
Analise as opções. Após a fase inicial de rejeição, normalmente vem a avaliação. Aproveite para pensar no que fará a seguir.[3] Tomar medidas para aliviar a dor é natural: o que pode fazer para sentir-se mais incluso? A exclusão aumenta a sensibilidade aos sinais de conexão, a atenção aos sinais sociais e a vontade de agradar.[4] Aproveite esse momento sensível para formar novas conexões. Pergunte-se o seguinte para descobrir se quer realmente fazer as coisas funcionarem com quem o excluiu:
- A situação foi um acaso, que ocorreu independentemente dos esforços de meus amigos em me incluir?
- Me vejo estabelecendo uma conexão real e completa com estas pessoas?
- Eu ficaria melhor com o ocorrido se conversasse sobre ele? Os outros estariam dispostos a explicar o lado deles?
4
Resista à tentação de agir com violência. A agressividade e a raiva costumam surgir quando lidamos com a exclusão. Algumas pessoas tentam forçar os outros a prestar atenção nelas para reassumir o controle da situação.[5]
- Aprenda a controlar a raiva nos momentos de tensão. Quando estiver perto de pessoas que o lembrem da exclusão, fique de olho nos sinais físicos da raiva para liberá-la sem magoar os outros.
- A agressividade se tornará um ciclo vicioso. As pessoas que agem com violência costumam ter ainda mais dificuldade para serem socialmente aceitas.
5
Procure a inclusão em outro lugar. Não importa a decisão que tomar quanto a quem o excluiu, é sempre uma boa ideia ter outros amigos. As pessoas costumam responder à rejeição buscando a inclusão em outro lugar.[6]
- Pense nas pessoas que o fazem sentir-se incluído. Recuperar a confiança através das conexões é muito importante para aumentar a autoestima, mesmo que ainda tenha esperanças de fazer novos amigos.
- Por exemplo, mesmo que a família não substitua sua vida social, passe mais tempo com eles.
6
Assuma a organização. Caso não tenha desistido de se socializar com quem o excluiu, esforce-se para recuperar a sensação de inclusão. Não é preciso forçar nada: organize um passeio divertido e convide-os para ir com você. Escolha uma atividade com a qual se sentirão confortáveis (como sua casa ou uma cafeteria onde costumam ir).
7
Caso a exclusão seja bullying, denuncie-a. Ser excluído repetidas vezes pela mesma pessoa (ou grupo) é bullying. Trata-se de um problema sério que pode alcançar proporções alarmantes, portanto, contate adultos e autoridades que o ajudarão a lidar com a questão. Para identificar o problema, fique de olho em:[7]
- Exclusões que envolvam outros atos maliciosos como ameaças, boatos e ataques (físicos ou verbais).
- Comportamentos repetidos que não demonstrem sinais de que estão chegando ao fim.
- Pessoas perigosas por apresentarem força física, popularidade ou terem acesso a informações que poderiam prejudicá-lo se fossem espalhadas.
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