sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Kiko Zambianchi - Primeiros Erros




"Se você não entende, não vê
Se não me vê, não entende
Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende"

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Rita Lee - Ovelha Negra

"Baby, baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar"

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Manual de Sobrevivência: Capa


Manual de Sobrevivência: o que é e quando ocorre o bullying?


O que é Bullying:

Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully​, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.

No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.

O bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam à tal agressão. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.

O bullying pode ser praticado em qualquer ambiente, como na rua, na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares.

Para a justiça brasileira, o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão corporal. Ainda não existe uma lei que puna os agressores com o devido merecimento.


O que não é bullying?

Discussões ou brigas pontuais não são bullying.

Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying.

Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo).

Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying.

Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa.

”Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor”, explica a especialista.

O espectador também participa do bullying?

Sim.

É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo.

Mas os especialistas alertam para esse terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito.

O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores.

Quando recebe uma mensagem, não repassa.

Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido.

Também são considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo.

Eles retransmitem imagens ou fofocas.

Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar.

”O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro. Se for pela internet, por exemplo, ele apenas repassa a informação.

Mas isso o torna um coautor”, explica a pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz.

The Cult - Painted on my Heart


domingo, 24 de setembro de 2017

Manual de Sobrevivência: Depoimentos



Depoimento é a declaração que se faz publicamente sobre algo ou alguém. É a prova, é o testemunho. Serve para exemplifica, explicar e esclarecer. Um depoimento tem o poder de informar empaticamente, ou seja, de emocionar o ouvinte a ponto de fazê-lo mudar de opinião.

Durante a semana do Fest-Livro, de 25 de setembro a 6 de outubro de 2017, o Blog 1segundo² está aberto a alunos, pais, professores, colegas e quem mais quiser se manifestar, para a postagem de depoimentos que ajudem ao combate ao bullying.

Sugerimos que sejam transcritas situações de vulnerabilidade que foram superadas através de atitudes positivas. Também esperamos sugestões de ações que auxiliem à conscientização sobre o bullying.

Os depoimentos, que poderão ser anônimos, deverão ser postados nos COMENTÁRIOS desta postagem e, os mais interessantes serão transcritos para a página principal.

Participem. É agindo que melhoraremos nosso mundo.

Educação Física: vulnerabilidade e esporte

O esporte pode ser usado como ferramenta de combate ao bullying? Por quê?

7º ano

André – “Pode, mas ao mesmo tempo pode gerar o cyberbullying. Pois o esporte mostra o caráter das pessoas, então a pessoa pode ser solidária com o oponente, ou ela pode excluir e banalizar o outro.”

Anita –“Eu acho que não, porque muitas vezes, pode piorar pois podem julgar também sua aparência física e o modo que jogam e isso pode piorar tudo.”

Brisa – “Talvez, os esportes podem ligar as pessoas. Mas assim, quando alguém escolhe o time para algum jogo, ele sempre escolhe as mais fortes, primeiro. E os últimos, normalmente, se sentem magoados.”

Caio – “Sim. Pois se você jogar bem para um esporte vão te escolher para o time.

Carolina –“Sim. Porque, por exemplo, se a pessoa for obesa o esporte vai ajudar a emagrecer.”

Davi –“Sim, pois o esporte pode fazer com que as pessoas se unam e ajudem quem precisa como pessoas com certas deficiências.”

Gabriel  –“Eu acho que não porque vários jogos a pessoa tem que tocar a bola para o colega, se a pessoa estiver excluindo, a pessoa que está livre é só não tocar.”

Gabriela –“Eu acho que pode, pois é possível unir pessoas e melhorar seus relacionamentos porém, pode piorar o bullying. Depende do caráter dos envolvidos.”

Gael – “Sim. Pois se alguém for bondoso, gentil e esperto e defender a pessoa que está sofrendo, além de que a pessoa possa revelar uma certa habilidade em um esporte e acabar com o bullying.”

Giovana– “Não, porque podem excluir mais ainda. Mesmo estando juntos pode haver agressão física e não escolher no grupo e ainda agressão verbal.”

Guilherme –“Pode, pois o esporte integra todos os alunos, fazendo-os se conhecerem melhor e até fazerem novas amizades.”

Heda –“Não, porque em um jogo você pode agredir alguém por querer, e contar como acidente é um jeito de cobrir o bullying e também fazer comentários ruins pela performance.”

Heitor – “Sim, porque se você joga bem alguma coisa, você vai conhecer pessoas que se interessam pelo mesmo esporte que você, e você pode fazer novos amigos com isso.”

Iasmin – “Depende, porque elas podem agredir a pessoa e quando as pessoas veem que elas são boas, elas começam a ficar com ela.”

Julia –“Sim. Porque, de uma forma ou outra, o esporte pode unir as pessoas. Pode fazer com que as pessoas se aproximem.”

Kiara – “Sim, porque se você não jogar bem as pessoas podem ficar falando que você não sabe jogar e nunca te escolher no time.”

Lana – “Eu acredito que sim, porque jogando, podemos unir as pessoas. Porém, pode ser pior também se a pessoa sofrer bullying por suas condições físicas.”

Luíza – “Por um lado sim, pois tem muitos esportes em equipe e a convivência em equipe pode melhorar isso, mas dependendo, por exemplo, se a pessoa for gorda, ela dificilmente vai ser escolhida para jogar e isto é exclusão.”

Luíza – “Eu acho que não, porque você pode agredir alguém pois estava querendo prejudicá-la.”

Mathias – “Se você souber lutar ou correr rápido isso ajuda você a se defender se você souber correr da pessoa que está fazendo bullying com você.”

Miguel – “Não, e eu nem sei como é que alguém chega nessa conclusão. O bullying e o esporte são coisas completamente diferentes. Um não é o antônimo ou sinônimo de um ou outro.”

Rafael–“Na minha opinião, o esporte não deveria ser usado para combater o bullying e exclusão pois esses esportes não devem ser usados para combater os outros. Isso vale para o  bem e para o mal.”

Sita – “Eu acho que pode, porque se a escola trabalhar essa questão do bullying bem, os alunos podem colocar a raiva que eles tem no esporte, correndo muito ou fazendo muitos exercícios, por exemplo. Isso pode ajudar muito no bullying, afinal as pessoas que o praticam não ficam tão bravas.”

Sofia – “Sim pela inclusão e não pela possível agressão.”

Tiago – “Eu acho que sim, pois em alguns esporte o principal objetivo é o trabalho em equipe, assim combatendo o bullying.”

Educação Física: vulnerabilidade e esporte

Na sua opinião, o esporte inclui ou exclui o indivíduo? Por quê?


6º ano A

Ana Carolina –“por mim, o esporte pode incluir ou excluir o indivíduo, porque se o indivíduo começar a jogar e começar a tentar participar do esporte ele não vai ser excluído, mas ele também pode ser excluído por ser julgado por sua habilidade.”

Ana Clara – “Depende. Se você não for muito bom no esporte, você provavelmente será excluído por não gostar do esporte, mas por outro lado ele inclui se você for bom no esporte, você pode encontrar amigos com os mesmos gostos que você.”

Ana Sofia – “Na minha opinião, o esporte, dependendo pode excluir, porque se a pessoa não souber jogar futebol. Por exemplo, ela provavelmente, nunca vai ser escolhida por vontade da equipe.”

Ananda –“O esporte inclui pois em jogos coletivos todos indivíduos jogam e todos participam.”

Ângelo – “Inclui, pois todos tem e podem participar e todos podem torcer, ajudar e arbitrar em todos os lugares.”

Ângelo – “Pode entrar qualquer um, mas quem for desrespeitoso, será excluído.”

Camila –“Na minha opinião, os dois, pois depende das pessoas que praticam este esporte, pois eles podem incluir este indivíduo, ou excluir.”

Davi – “Depende do indivíduo. Por exemplo: um indivíduo desrespeitoso vai ser excluído e um respeitoso será incluído.”

Diego – “Os dois. Porque quando o jogador não está jogando bem, não é escolhido e quando está bom é incluído.”

Eduardo – “O esporte exclui muito as pessoas, porque só os melhores podem jogar, e os piores ficam de foram. Mas na educação física inclui, porque o professor não deixa isso, ele quer que todos joguem mas os alunos só se importam com si mesmos e não pensam nos outros.”

Eduardo – “Na minha opinião, inclui pois sempre fiz amigos jogando futebol.”

Giovanni– “Eu acho que inclui porque pessoas tímidas que tem habilidade fazem muitos amigos.”

Ian –“Eu acho que inclui porque, normalmente, quando eu vejo alguém sem jogar é porque não quer.”

Isabela– “Os dois porque tem vezes em que as pessoas não sabem jogar e ficam no canto quieto, e tem vezes em que ele sabe o jogo e consegue jogar.”

João – “Na minha opinião, inclui e exclui, depende do ponto de vista.”

João –“Inclui, porque em muitos jogos, às vezes, um cadeirante joga, as pessoas no jogo devem usar um esporte específico para cadeirantes e deficientes para jogarem normalmente.”

Luca – “O esporte inclui as pessoas pois faz com que elas se juntem e façam amigos pelo tempo que convivem.”

Luiza –“Para mim, inclui, porque esporte é legal e muita gente gosta mas quando as pessoas não jogam é escolha deles.”

Matheus– “Os dois. Porque, de vez em quando, quem joga mal não é escolhido, e inclui também porque você faz amizades e joga com eles.”

Pedro – “Minha opinião, exclui. Porque quando um jogador bom em um time seria trocado e teria pessoas melhores e os melhores excluem o que entrou e o ignoram.”

Sofia – “Pode ser os dois, porque a pessoa pode jogar, ou não.”

Vitória–“Inclui, porque precisamos fazer algum esporte no dia, porque tem pessoas que estavam gordinhas e agora estam magaras porque fizeram um esporte. Não iria ter as Olímpiadas, onde as pessoas se divertem vendo. E querendo ser igual a pessoa, não ia existir jogadores de futebol. Como vai ter jogador sem saber o que é isso? Então, inclui.”  

6º ano B

Ana Laura – “Em minha opinião, o esporte inclui porque sem a ajuda das pessoas é preciso saber conviver. Outro motivo também é que não existe um time com apenas um integrante e algumas pessoas (como eu) acham que o esporte, além de exercitar a mente e o corpo, o esporte une as pessoas.”

ANÔNIMO – “Exclui muito. Porque os baixinhos, por exemplo, pensam que eles são ruins, ainda mais meninas, por conta do nosso passado machista. Os “bons” são sempre escolhidos! Eles podem ser ruins mas, pelo caráter, sempre escolhem.”

Beatriz –“O esporte inclui, porque as pessoas tem que trabalhar em equipe, então, as pessoas tem que se ajudar.”

Bernardo– “Na minha opinião, exclui, porque tem gente que joga mal e ninguém quer escolher essa pessoa.”

Carmen –“Exclui (na maioria das vezes). Quando as meninas jogam, os meninos ignoram 100%. Quando inclui, é até raro, mas acontece.”

Carolina – “Inclui. Porque tem muitas pessoas que podem se interessar pelos esportes.”

Fernanda –“Eu acho que os dois porque o esporte pode tanto incluir quanto excluir as pessoas porque as pessoas podem rejeitar as pessoas por serem diferente e acharem que ela é incapaz, mas também pode incluir.”

Flavia –“Na minha opinião os dois, porque algumas pessoas são excluídas e outras incluídas.” Mas, eu acho que as pessoas são mais excluídas só porque a pessoa tem alguma coisa, ou nada, as pessoas não as deixam jogar.”

Giovanna – “Na minha opinião, o esporte inclui as pessoas porque existem várias opções para pessoas sem deficiência, como as paraolimpíadas. Acho incrível p jeito que o esporte pode mudar a vida de uma pessoa com deficiência física ou mental. Acredito que o esporte é um lugar ótimo para pessoas que sofrem bullying.”

Helena – “Os dois porque as pessoas que jogam são incluídas e as pessoas que não jogam acabam sendo excluídas muitas vezes porque tem algum problema na perna ou no braço. Eu acho que exclui mais do que inclui.”

Iara – “Depende, pois o esporte inclui pessoas com problemas, deficiências, etc. Porém, muitas vezes, ele também exclui, pois para jogar “tem que ser bom”, então eles excluem várias pessoas ruins. Portanto, acho que o esporte exclui mais do que inclui.”

Lívia – “Minha opinião é que exclui porque as pessoas que querem jogar tem que ser boa, então se você for ruim, ninguém vai te escolher.”

Luis – “Exclui porque só os bons podem jogar e quem é ruim nuca joga nada.”

Manuel – “Na minha opinião, o esporte faz um pouco dos dois, ele exclui os piores e beneficia os melhores, mas também, às vezes, deixa todos jogarem.”

M. Eduarda –“Depende se a pessoa for uma pessoa compreensível ou, ao menos, não ficar julgando o outro porque ele foi mal ou não “se achar” se você venceu. Por exemplo: digamos que você venceu um jogo, não fique dizendo para o outro time que o seu é melhor. Ou se alguém do seu time faz um ponto para o outro e por isso o seu time perder, não fique criticando-o. Ele só cometeu um erro como todo o mundo, incluindo você.”

Pedro – “Inclui as pessoas, pois formam times para jogarem juntos assim se divertindo e praticando o esporte. Inclui mais do que exclui. Por exemplo: as pessoas ficam revezando para poderem jogar.

Rafael–“Na minha opinião, o esporte inclui mais do que exclui, pois o esporte não dá para jogar sozinho. Então, ele inclui.”

Rudah –“Eu acho que o esporte inclui as pessoas, pois o esporte é uma coisa coletiva e que atrai muito as pessoas, pois chama muita atenção em todo lugar que há uma ação envolvida, que hoje em dia tem em todo lugar...”

Sofia– “Depende. De vez em quando, inclui e de vez em quando, exclui. Por exemplo: acontecem muitas brigas entre os torcedores dos times, mas também inclui quando, em algum jogo, os torcedores dos mesmo times se unem.”

Theo–“Os dois, porque eles incluem os melhores e mais avançados e excluem os menos avançados e novatos. Mais pessoas são excluídas que incluídas.”

Vagner –“Exclui mais do que inclui, pois às vezes, as pessoas deixam de lado jogadores ruins, baixos, lentos e isso faz com que elas se magoem. E inclui, pois as pessoas jogam juntas e se envolvem umas com as outras.”

Vítor – “Na minha opinião, o esporte inclui poruqe dá a opção dos paraplégicos jogarem.”

Manual de Sobrevivência: Fofoca

Causas e consequências da fofoca

"A fofoca consiste não somente no ato de fazer afirmações não baseadas em fatos concretos, especulando em relação à vida alheia mas também em divulgar fatos verídicos da vida de outras pessoas sem o consentimentos das mesmas, independente da intenção de difamação ou de um simples comentário sem fins malignos.
...
Embora associado a um hábito feminino, estatisticamente os homens são mais fofoqueiros. A Social Issues Research Centre , um centro de pesquisas de Londres, entrevistou 1.000 donos de telefones celulares com o intuito de saber qual era o teor das conversas. Destes, 33% dos homens eram fofoqueiros habituais, contra apenas 26% das mulheres.
Em termos de conteúdo, pesquisa recente revelou apenas uma diferença significativa entre a fofoca masculina e feminina: os homens gastam muito mais tempo falando de si mesmos. Do tempo total dedicado à conversa sobre as relações sociais, os homens gastam dois terços falando sobre suas próprias relações, enquanto as mulheres só falam de si mesmos de um terço do tempo.
Geralmente os homens fofocam sobre o ambiente de trabalho, gafe de colegas e principalmente sobre mulheres. Também vale ressaltar as razões que levam a fofoca: entre as mulheres, em geral, é uma maneira de passar o tempo, enquanto para os homens pode servir, além de pura informação, como meio de auto-afirmação perante o círculo de amigos e colegas.
Curiosamente, muitos dos participantes do sexo masculino desta pesquisa inicialmente alegaram que não fofocavam, enquanto quase a totalidade das mulheres prontamente admitiam fazer fofoca. Em novo interrogatório, no entanto, a diferença parece ser mais uma questão de semântica do que material: o que as mulheres estavam felizes de chamar de "fofocas", os homens definiam como "troca de informações". Um participante do sexo masculino,de forma mais honesta, confidenciou: "Nós não gostamos de chamar de fofoca, porque soa trivial - como se você não tivesse nada melhor para fazer.""


"Assim como se costuma dizer, os fofoqueiros não sabem ser felizes. Eles estão muito ocupados camuflando suas amarguras em tarefas inúteis e supérfluas com as quais validam inutilmente sua autoestima.
...
Não importa o quão delirante, infundada ou maliciosa foi a fofoca em si, pois conseguiu atacar a sensibilidade de um coletivo que desde então desenvolveu uma resistência ao consumo deste produto, apenas com base em um rumor infundado. Mesmo sabendo que não era verdade, a impressão emocional perdura. ..."

"Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa"

Os rumores
"Um rumor que encaixe naquilo que já sabíamos, nos nossos juízos prévios, terá mais hipóteses de ser repetido em massa, por confirmar as nossas ideias."

"“Escutar histórias positivas sobre outras pessoas pode ser informativa, já que elas sugerem caminhos para você mesmo progredir”, explica Elena Martinescu, uma das autoras da pesquisa. “Escutar fofoca negativa pode fazer com que você se sinta lisonjeado, porque isso sugere que os outros podem ser piores do que nós”, conclui."


Estudo de caso: fofoca na escola!
- atividade a ser desenvolvida em sala de aula.



Manual de Sobrevivência: Exclusão



"Exclusão social é bullying silencioso e geralmente subestimado, diz especialista
A exclusão social – que leva ao ostracismo e solidão  – pode não deixar marcas visíveis, mas a dor que se sente é mais profunda e duradoura do que se imagina, aponta um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Purdue, nos EUA.

“Ser excluído ou sofrer ostracismo é uma forma invisível de bullying e geralmente nós subestimamos seus impactos”, diz Kipling D. Williams, autor do estudo. “Ser excluído por colegas no colégio, no trabalho, ou mesmo cônjuges ou familiares pode ser insuportável. E como o ostracismo é uma experiência de três estágios – os atos iniciais de ser ignorado ou excluído, enfrentamento e resignação –, os sentimentos de dor podem ter efeitos duradouros. Pessoas e clínicos precisam estar atentos sobre isso e assim evitar depressão e outras experiências negativas”.
Segundo Williams, a dor da exclusão é física também. “Quando uma pessoa é isolada socialmente, o córtex cingulado dorsal anterior do cérebro, que registra a dor física, também sente essa injustiça social”, explica Williams. “Ser excluído, portanto, é doloroso porque ameaça as necessidades humanas fundamentais, que são o pertencimento e a autoestima. E essa dor pode ser sentida mesmo quando a exclusão é praticada por um desconhecido ou por um curto período”.
O estudo envolveu mais de 5 mil participantes em um jogo de computador, desenvolvido por Williams, no qual o foco era mostrar como apenas dois ou três minutos de exclusão podem provocar sentimentos negativos prolongados."
As reações à exclusão foram muito parecidas em todos os participantes. As formas de enfrentamento variaram, mas o mais comum foi o participante excluído assumir comportamentos que poderiam aumentar sua futura inclusiva, como obedecer a ordens, cooperar ou expressão de simpatia. “Mas se eles sentem que há pouca esperança para a reinclusão ou que têm pouco controle sobre suas vidas, podem recorrer ao comportamento provocativo e até mesmo agressão”, diz Williams. “Em algum ponto, a pessoa para de se preocupar em ser agradável e quer apenas ser notada”.
No entanto, se uma pessoa tiver sido isolada por um longo tempo, eles podem não ter capacidade para continuar a enfrentar, pois a dor persiste. “Algumas pessoas podem desistir”.
O terceiro estágio, de resignação, é quando as pessoas que foram isoladas estão menos esperançosas e mais agressivas do que as outras em geral. “Isso também aumenta a raiva e a tristeza, e o ostracismo de longo termo pode resultar em alienação, depressão, desamparo e sentimentos de indignidade”.
Williams agora está tentando entender melhor como pessoas excluídas podem ser atraídas a grupos com sentimentos mais extremistas e qual a reação de grupos de excluídos.
“Esses grupos proveem aos membros uma sensação de pertencimento, valor próprio e controle, mas podem fomentar o radicalismo e a intolerância e, talvez, uma propensão para a hostilidade e a violência”, diz. “Quando uma pessoa se sente excluída socialmente, ela perde o controle e o comportamento agressivo é um jeito de restaurá-lo. Quando esses indivíduos se juntam em um grupo, podem haver consequências negativas”, conclui."



Manual de Sobrevivência: Agressão

Bullying: Como reconhecer agredido e agressor?

Bullying é uma ação abusiva de uma pessoa mais forte para uma mais fraca que não se defende, escondido dos adultos ou pessoas que possam defendê-la.
Esta ação abusiva do bullying é caracterizada por agressão e violência física, constrangimento psicológico, preconceito social, assédios, ofensas, covardia, roubo, danificação dos pertences, intimidação, discriminação, exclusão, ridicularização, perseguição implacável, enfim: tudo o que possa prejudicar, lesar, menosprezar uma pessoa que se torna impotente para reagir e não revela a ninguém para não piorar a situação.
O agressor é ou está mais forte no momento do bullying, tanto física e psíquica quanto socialmente. Sua vítima, que é ou se encontra impotente para reagir sozinha, precisa de ajuda de terceiros. Além disso, o agressor usa de sua extroversão, da facilidade de expressão, da falta de caráter e ética, de fazer o que quer ignorando a transgressão ou contravenção e abusa do poder de manipulação de outras pessoas a seu favor. O agressor se vale das frágeis condições de reação da vítima e ainda o ameaça de fazer o pior caso ele conte para alguém. Assim, a vítima fica sem saída: se calar, o bullying continua, se tentar reagir, a agressão pode piorar. O número de agressores é geralmente menor que o das vítimas, pois cada agressor produz muitas vítimas.
A vítima é geralmente tímida, frágil e se apequena diante do agressor. Ela tem poucos amigos e os que têm são também intimidados e ameaçados de serem os próximos a sofrerem o bullying, apresenta alguma diferença física, psicológica, cultural, racial, comportamental e/ou algo inábil (destreza, competência etc.).
Mesmo que a vítima não fale, seu comportamento demonstra sofrimento através da perda de ânimo e vontade de ir para a escola (se o bullying lá ocorreu), da simulação de doenças, das faltas às aulas, dos abandonos escolares, da queda do rendimento escolar, do retraimento em casa e na sala de aula, da recusa de ir ao pátio no recreio, de hematomas ou outros ferimentos, da falta ou danificação do seu material pessoal e escolar etc.
Os futuros de todos se comprometem se o bullying não for combatido assim que descoberto. Os agressores, que já vinham em geral de famílias desestruturadas, tendem a manter na sociedade o comportamento anti-social desenvolvidos na escola, tornando-se contraventores e prejudiciais à sociedade. Os agredidos levam suas marcas dentro de si prejudicando seu futuro com uma desvalia e auto-estima baixos, alguns tornam-se revoltados e agressivos, vingando-se ao cometer crimes sobre inocentes da sociedade e até mesmo tornando-se contraventores.

Tanto a escola quanto os pais têm de ficar atentos às mudanças de comportamentos das crianças e dos jovens. Não se muda sem motivo, tudo tem uma razão de ser. Nenhum adulto pode instigar a vítima a reagir sozinho. Se ela pudesse já o teria feito. Foi por autoproteção que ela nada fez nem contou a ninguém.
Fonte (Içami Tiba)


O autor do bullying

Normalmente, o agressor tem um comportamento provocador e de intimidação permanente.  Ele possui um modelo agressivo na resolução de conflitos, apresenta dificuldade de colocar-se no lugar do outro, vive uma relação familiar pouco afetiva, e tem muito pouca empatia. Segundo os especialistas, criminalistas e psicólogos, uma criança pode ser autor de bullying quando só espera e quer que façam sempre sua vontade, quando gosta de provar da sensação de poder, quando não se sente bem ou não desfruta com outras crianças,  se sofre intimidações ou algum tipo de abuso em casa, na escola ou na família, quando é frequentemente humilhado por adultos, ou quando vive sob constante pressão para que tenha êxito em suas atividades. Os agressores exercem sua ação contra sua vítima de diversas maneiras: batem, molestam, provocam, agridem com empurrões e socos, os chamam de uma forma desagradável ou depreciativa, geram fofocas, mentiras, boatos, os isolam do grupo, ofendem-nos e os anulam.

A vítima de bullying

Habitualmente, são crianças que não dispõem de recursos ou habilidades para reagir, são pouco sociáveis, sensíveis e frágeis, são os escravos do grupo, e não sabem revidar por vergonha ou por conformismo, sendo muito prejudicados por ameaças e agressões.
É brincadeira?

Muitas situações de agressões são encobertas por serem vistas como brincadeiras de criança. Deve ser considerada uma brincadeira aquela em que todos seus participantes estão se divertindo e aprendendo positivamente algo ao longo da experiência. À medida que um participante passa por uma situação angustiante, causando nele dor emocional ou física, e sem ter como se defender, a situação deixa de ser uma brincadeira para se tornar uma agressão. Qualquer forma de exclusão e acusação causa constrangimentos.

É possível que muitas crianças aprendam a ser violentas em casa, reproduzindo o contexto familiar na escola.

A família deve dar o parâmetro do que é e o que não é respeitoso, pois se a criança não tem esse limite fica bem mais difícil que ela absorva e integre as regras da boa convivência, tanto na escola quanto na vida.


Manual de Sobrevivência: como lidar com a fofoca - 2

Método 02
Lidando com fofocas sobre outras pessoas


1

Não passe a fofoca para a frente. A coisa mais importante que você pode fazer ao ouvir fofocas sobre alguém é parar o rumor no meio do caminho. Não importa o quão tentador seja, não vale a pena ferir os sentimentos de alguém. Coloque-se no lugar dessa pessoa - você gostaria de vir para a escola um dia e descobrir que todo mundo está falando de você? Você não se sentiria solitário e traído? Não passe as fofocas para a frente - se você fizer isso, estará ajudando a espalhá-las.
  • Também não é uma má ideia tentar convencer a pessoa que lhe contou a fofoca a parar a sua propagação. Se ela for um amigo ou uma pessoa boa, você pode ter sucesso. No entanto, se a pessoa já é uma rainha da fofoca, ela pode não ouvir.
  • Vamos usar um exemplo. Digamos que um amigo venha até você com um segredo tentador sobre um garoto chamado Jorge - ele não foi para a escola na semana passada, porque ele pegou mononucleose beijando a Carla debaixo das arquibancadas. Neste caso, diga com calma apenas "Não vamos espalhar boatos sobre ele" para terminar a conversa.
2

Não assuma que a fofoca é verdadeira. Não deixe que um rumor sem fundamento que você ouviu impacte o seu comportamento de nenhuma forma. Não comece a evitar ou antagonizar as pessoas só porque você ouviu alguma coisa de ruim sobre elas. Uma das razões pelas quais as fofocas podem magoar tanto é porque elas podem mudar a forma como os seus amigos e conhecidos agem com relação a elas. Imagine, por exemplo, como um aluno que anda pelo corredor da escola se sentirá se as pessoas começarem a sussurrar e rir dele enquanto ele passa. Nunca mude a maneira de pensar sobre uma pessoa ou de agir com ela até que você tenha razão para acreditar que as coisas que você ouviu são verdadeiras.
  • Em nosso exemplo, você não iria deixar que os rumores sobre o Jorge e a Carla mudassem o seu comportamento de forma alguma. Você certamente não evitaria o Jorge no intervalo ou nem reclamaria de ter que dividir a mesa com a Carla, por exemplo!
3

Não abra exceções para fofocas que você sabe que são verdadeiras. Muitas das fofocas que você ouve são completamente falsas, geralmente criadas por alguém que busca vingança. No entanto, às vezes os rumores são verdadeiros ou meias verdades. Mesmo se você tiver certeza de que um boato que você ouviu é verdadeiro, não o espalhe. É muito constrangedor ter informações privadas espalhadas pela escola. Você gostaria se todos soubessem alguma informação verdadeira um pouco embaraçosa sobre você, como, por exemplo, que você tem uma erupção cutânea grave? Você definitivamente não gostaria - nem a outra pessoa.
  • Vamos dizer que você sabe que o boato sobre o Jorge é verdadeiro, porque sua mãe é amiga da mãe dele e ela deixou escapar a informação no jantar ontem à noite. Guarde essa informação para si. Se você deixar a informação escapar, ela poderia ser ainda mais prejudicial para o Jorge do que um falso rumor. A fofoca ainda é fofoca quando é verdadeira.
4

Guarde os segredos. Às vezes, as pessoas vão confiar a você informações pessoais confidenciais. Pode se tratar de algo que elas sabem sobre outra pessoa ou informações sobre si mesmas. Se alguém está confiado um segredo a você, nunca conte a ninguém sem sua permissão. Isso não só é uma grande violação de sua confiança, mas também é uma maneira infalível de iniciar a propagação de um boato que pode facilmente sair do controle. Mantenha uma reputação de confiável, guardando os segredos que contaram para você.
  • A melhor maneira de evitar contar um segredo é simplesmente fingir ignorância - fingir que não sabe nada. É mais inteligente fazer isso do que reconhecer que você sabe um segredo, mas se recusa a contá-lo; se as pessoas não estavam interessadas na informação antes, a promessa de um segredo tentador provavelmente fará com que elas tentem arrancar a informação de você. Por exemplo, se Carla contar pra você que ela originalmente pegou mononucleose do melhor amigo de Jorge, Saulo, não diga a seus amigos "Eu tenho um segredo, mas vocês não podem saber o que é!”
5

Nunca comece os boatos. Isso parece uma coisa idiota, mas é surpreendentemente fácil começar rumores acidentalmente! Toda vez que você diz algo desagradável sobre alguém na presença de pessoas em quem você não pode confiar para guardar um segredo, você está criando a possibilidade de que alguém espalhe suas palavras. Tome cuidado! Não se arrisque a ferir os sentimentos de alguém ou abrir-se para a retaliação só porque você não guardou a língua dentro da boca. Mantenha quaisquer palavras maldosas para si - ou, se você realmente precisa compartilhá-las, certifique-se de que seja com pessoas em quem você confia para manter a boca fechada.
  • Até mesmo contar para os amigos de confiança pode carregar riscos. Eles podem, por sua vez, dizer às outras pessoas em quem eles confiam. À medida que este ciclo se repete, mais e mais pessoas vão ouvir a sua fofoca, e a chance de que ela chegue à população em geral vai aumentar.
6

Saiba quando relatar rumores para os professores. As regras acima têm exceções ocasionais. Quando ouvir um boato que o faz pensar que pessoas estão em perigo, você deve contar a um pai, professor ou funcionário administrativo o mais rápido que puder. Isso é ainda mais urgente se você tiver qualquer razão para acreditar que o boato pode ser verdadeiro. Por exemplo, se você ouvir um boato de que alguém está trazendo facas para a escola ou se um amigo lhe diz que está pensando em ferir-se, você deve dizer a um conselheiro ou um professor imediatamente.
  • Violar a confiança de alguém contando para um professor algo perigoso que ele ou ela planeja fazer pode fazer com que você se sinta culpado, como se tivesse traído essa pessoa. No entanto, o bem-estar físico de uma pessoa é mais importante do que o seu senso de confiança em você. Na verdade, na maioria dos casos, é desleal não priorizar a segurança de um amigo.








Manual de Sobrevivência: como lidar com a fofoca - 1

Método 1
Lidando com uma fofoca sobre você

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Alerte seus amigos. Se você descobrir que alguém está espalhando rumores desagradáveis sobre você, sua primeira ação deve ser consultar seus amigos próximos. Estes devem ser pessoas que você conhece e em quem confia. Conte a eles os fatos da situação. Se o rumor não for verdadeiro, eles com certeza vão combater sua disseminação contradizendo a informação sempre que a ouvirem de alguém. Se o boato for verdadeiro, eles ainda podem ajudar a conter a sua propagação defendendo o seu lado e reprimindo as pessoas que o espalham.
  • Outro grande motivo para recorrer aos seus amigos é porque eles vão fazer com que você se sinta menos sobrecarregado. Quando parece que todo mundo que você conhece está falando de você pelas costas, você pode se sentir absolutamente cercado - bons amigos vão lembrá-lo de que há sempre pessoas que o amam e respeitam.
Enfrente a fonte do rumor diretamente. Se você sabe ao certo quem é o responsável por espalhar um boato desagradável sobre você, não simplesmente ignore. Quando você tiver uma chance, vá até a pessoa e diga que você não gosta das coisas que ela diz. Mantenha-se calma quando você fizer isso - você não quer recorrer às palavras cruéis dessa pessoa. Também evite dar a impressão de que o boato é verdadeiro se não é - se a pessoa não conhecer todos os fatos, pode assumir que uma refutação raivosa significa que o rumor é verdadeiro.
  • Diga algo educado, mas direto, como: “Ei. Eu quero que você saiba que eu não estou gostando nada das coisas que você está dizendo sobre mim. Mantenha seus pensamentos para si mesmo, seu idiota.” Então, saia andando - esta pessoa não merece seu tempo. Ignore quaisquer insultos que ouvir enquanto vai embora.
  • Às vezes, a pessoa que iniciou o rumor não fez isso de propósito. Pode ser, por exemplo, um amigo que simplesmente deixou uma segredo escapar por acidente. Em casos como este, não há problema em expressar sua decepção, mas você deve evitar agir de uma forma que pareça vingativa ou acusatória (como acima).

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Mantenha uma autoimagem saudável. Quando você está preocupado que uma fofoca mude a forma como os outros pensam sobre você, já é ruim o suficiente. Não deixe que fofocas mudem sua maneira de pensar sobre si! A pior coisa que você pode fazer é permitir que uma fofoca se torne uma profecia autorrealizável, deixando que a sua ansiedade mude sua atitude ou ações. Lembre-se de que só porque alguém disse algo sobre você não quer dizer que é verdade. Se alguém for sujo o suficiente para espalhar boatos sobre você, a pessoa será definitivamente suja o bastante para mentir.
  • Por exemplo, se acontecer de você ouvir as pessoas falando sobre como sua língua é levemente presa, não fique calado e retraído para evitar ter que ouvir o som da sua própria voz. Todas as pessoas têm pequenas peculiaridades que as tornam únicas - a “peculiaridade” do fofoqueiro é que ele é pateticamente bobo.
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Ignore-o. Muitas vezes é melhor tratar de uma fofoca simplesmente não prestando atenção nela. A maioria das pessoas não levam muito a sério as fofocas - se elas virem uma reação muito agitada ou vergonha da sua parte, elas podem assumir que o rumor é verdadeiro, mesmo que ele não seja. Uma boa política consiste em reagir à fofoca como se isso não o incomodasse. Quando você ouvir que há um boato sobre você, simplesmente acabe com ele com um comentário do tipo: "Fala sério. Você teria que ser muito burro para acreditar nisso.” Não se estenda sobre o assunto. Outras pessoas vão copiar seus sinais sociais. Se você agir como se o boato não valesse o seu tempo, há uma boa chance de que elas sigam o exemplo.
  • Quando você ouvir fofocas sobre si mesmo, ria delas. Aja como se fossem ridículas! Zombe disso! Vire o jogo, tornando a pessoa que iniciou o rumor o alvo da piada - o quão hilariante é o fato de que ela realmente pensou que espalhar um boato idiota sobre você iria funcionar?
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Nunca deixe que fofocas afetem sua rotina. É verdade - se você sabe que há um rumor terrível por aí sobre você, pode ser difícil mostrar o seu rosto em situações sociais. Se alguém disser para toda a equipe de futebol que você tem micose na virilha, por exemplo, você provavelmente não estará ansioso para entrar no vestiário antes do futebol. É realmente difícil, mas tente ao máximo não fugir das atividades de que você normalmente iria participar. Isso só vai fazer com que você se sinta mais isolado. Em vez disso, mostre ao mundo como você pouco se importa com as fofocas, não alterando nada em seu estilo de vida.

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Conte para uma figura de autoridade. Se as fofocas e rumores desagradáveis são um problema frequente, ou se alguém espalhou um boato pelo qual você pode entrar em apuros por algo que não fez, fale com um professor, conselheiro ou administrador. Essas pessoas podem ajudá-lo a resolver o problema - elas podem lhe dar conselhos sobre como proceder, como sentir-se melhor e até mesmo disciplinar as pessoas que começaram o boato. Não tenha medo de entrar em contato com uma figura de autoridade para orientação ao lidar com os boatos particularmente desagradáveis ou persistentes. Esses tipos de pessoas existem para ajudá-lo.
  • Você deve definitivamente falar com uma figura de autoridade se a fofoca fizer com que você sinta como se pudesse retaliar fazendo algo drástico, como começar uma briga. Algumas escolas têm políticas de tolerância zero para o comportamento agressivo. Não seja expulso por um rumor estúpido (especialmente se não for verdadeiro). Entre em contato com uma figura de autoridade em sua escola imediatamente.
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Fique longe de pessoas que fofocam. A única melhor maneira de evitar fofocas sobre você é ficar longe dos tipos de pessoas que fazem fofocas maldosas! Por mais populares ou legais que elas pareçam, essas pessoas são tristes e desesperadas. Elas não conseguem se divertir sem espalhar rumores ofensivos sobre alguém. Não se preocupe com elas. Encontre amigos que não tenham prazer em magoar as pessoas. Lembre-se: um amigo que o apunhala pelas costas espalhando um boato desagradável não é nem um amigo.


sábado, 23 de setembro de 2017

Manual de Sobrevivência: como lidar com a exclusão - 2

Fonte (com alterações)
 Parte 02
Lidando com a dor emocional da exclusão

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Permita-se sofrer. A exclusão não causa apenas estigma e vergonha, mas também dor. A dor de ser excluído afeta a mesma parte do cérebro responsável pela dor física; o ostracismo não é apenas um golpe no ego! Sentir desconforto e permitir-se sofrer nessa situação é tão importante quanto imobilizar um braço quebrado. Você não vai sair no dia seguinte jogando basquete, vai?
  • Tire um dia para processar o ocorrido. Se precisar, chore, ouça músicas tristes ou grite para o travesseiros para extravasar a raiva e a frustração. Os sentimentos passarão quando você os soltar!
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Procure relacionamentos mais saudáveis.[8] Concentre esforços em desenvolver amizades com as quais se sinta confortável. Por exemplo, procure um confidente com quem possa conversar sobre problemas pessoais sérios — obviamente, você também deve apoiar a pessoa e ouvi-la quando ela precisar. Assim, mesmo que correr alguns riscos sociais, você sabe que sempre terá alguém a quem recorrer.


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Valorize a qualidade, não a quantidade. A dor da rejeição às vezes surge por termos padrões rígidos sobre como a vida social deve ser. Lembre-se de que não é correto esperar ter vários grupos de amigos implorando por seu tempo. A satisfação social tem várias formas e a qualidade dos relacionamentos tem mais importância do que a quantidade.
  • Para muitas pessoas, ter uma ou duas amizades profundas e com muito carinho envolvido é mais importante do que ter 10 amigos com quem não se conecta individualmente.[9]
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Confie em si próprio. A confiança faz com que menos encontros sociais pareçam exclusões, mesmo que receba a mesma quantidade de convites de antes. Trata-se de um estado de espírito que envolve a compreensão de que sempre haverá um lugar para você e para suas características únicas, não importa quão ruim a situação esteja agora. Lembre-se de que o mundo é imprevisível e deve-se aprender com isso! A parte difícil é controlar as expectativas de como as coisas "devem" ser.[10]
  • Pense nos sucessos do passado e nas qualidades que tem que contribuíram para eles. Use-as para melhorar outros aspectos da vida e fazer novos amigos.
  • Não faça papel de vítima ao ser excluído. Esta é uma reação muito comum e pouco agradável. Ser vitimado faz com que os outros percebam que espera fazer amizade com eles, o que é pouco atraente. Como espera que isso ocorra, você também pode deixar de se esforçar para conquistar as amizades.
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Esqueça as pessoas que o excluíram.[11] Se é ignorado constantemente em um ambiente (como a escola ou o trabalho) ou pelo mesmo grupo de pessoas, faça o possível para deixar as coisas para lá. Obviamente, não é possível esquecer tudo — e você não deve se esforçar demais para isso —, mas faça o possível para cortar relações com pessoas específicas ou retornar aos locais de exclusão.
  • Por ser um evento emocional, as memórias da exclusão podem trazer à tona a dor mesmo após a superação da questão.
  • Por exemplo, se foi excluído por colegas de classe, talvez não seja possível evitá-los. É possível, entretanto, evitar o máximo de contato possível durante os intervalos e após as aulas.
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Mexa-se! As endorfinas liberadas durante a prática de atividades cardiovasculares ajudam a melhorar o humor.[12] Os exercícios físicos causam alivio emocional imediato, principalmente se a exclusão for um evento contido. Incorpore caminhadas ao dia a dia e experimente também atividades de maior intensidade como correr, pedalar e nadar. O ioga de alta intensidade também é uma ótima opção, que além de tudo propicia relaxamento.





Manual de Sobrevivência: como lidar com a exclusão - 1

Parte 1
Lidando com um momento de exclusão
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Aceite o ocorrido. Você não tem culpa da exclusão; o término de uma amizade não significa que é um fracasso ou que nunca mais arranjará amigos. O lado positivo é que trata-se de uma condição relativamente temporária.[2] Assim que aceitar o que está sentindo, a sensação desaparecerá, deixando-o livre para agir em resposta.
  • Reconheça a sensação de raiva e mágoa para com a pessoa que o excluiu, mas não remoa demais o que está sentindo. Lembre-se de que os sentimentos não são permanentes e servem para ensiná-lo algo importante sobre o mundo social.
  • A dor interferirá temporariamente com sua capacidade de se conectar aos outros; quanto mais cedo se permitir sentir todos os sentimentos associados à exclusão, mais cedo conseguirá se recompor e agir.
  • A dor da rejeição não pode ser ignorada. Use-a como impulso para procurar uma nova amizade ou como incentivo para desistir de algo em particular.
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Observe a situação sob outra perspectiva. Às vezes, os eventos nos ajudam a perceber que alguns de nossos comportamentos são problemáticos. O problema é que muitas vezes levamos a rejeição para o lado pessoal. Não conseguir um emprego ou ser rejeitado por um romance tem pouco a ver com as partes intrínsecas de sua personalidade.
  • Não transforme a experiência em uma catástrofe. Mesmo se não for o primeiro incidente de exclusão ou rejeição, lembre-se de que a situação nem sempre tem a ver com julgamentos de caráter. Na verdade, trata-se de um sinal de incompatibilidade.
  • Se após refletir sobre o assunto, perceber que fez por merecer a exclusão, peça desculpas. Trata-se de uma opção que certamente o ajudará na recuperação, pois sentirá que fez algo social e que tentou consertar a situação.
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Analise as opções. Após a fase inicial de rejeição, normalmente vem a avaliação. Aproveite para pensar no que fará a seguir.[3] Tomar medidas para aliviar a dor é natural: o que pode fazer para sentir-se mais incluso? A exclusão aumenta a sensibilidade aos sinais de conexão, a atenção aos sinais sociais e a vontade de agradar.[4] Aproveite esse momento sensível para formar novas conexões. Pergunte-se o seguinte para descobrir se quer realmente fazer as coisas funcionarem com quem o excluiu:
  • A situação foi um acaso, que ocorreu independentemente dos esforços de meus amigos em me incluir?
  • Me vejo estabelecendo uma conexão real e completa com estas pessoas?
  • Eu ficaria melhor com o ocorrido se conversasse sobre ele? Os outros estariam dispostos a explicar o lado deles?
4

Resista à tentação de agir com violência. A agressividade e a raiva costumam surgir quando lidamos com a exclusão. Algumas pessoas tentam forçar os outros a prestar atenção nelas para reassumir o controle da situação.[5]
  • Aprenda a controlar a raiva nos momentos de tensão. Quando estiver perto de pessoas que o lembrem da exclusão, fique de olho nos sinais físicos da raiva para liberá-la sem magoar os outros.
  • A agressividade se tornará um ciclo vicioso. As pessoas que agem com violência costumam ter ainda mais dificuldade para serem socialmente aceitas.
5

Procure a inclusão em outro lugar. Não importa a decisão que tomar quanto a quem o excluiu, é sempre uma boa ideia ter outros amigos. As pessoas costumam responder à rejeição buscando a inclusão em outro lugar.[6]
  • Pense nas pessoas que o fazem sentir-se incluído. Recuperar a confiança através das conexões é muito importante para aumentar a autoestima, mesmo que ainda tenha esperanças de fazer novos amigos.
  • Por exemplo, mesmo que a família não substitua sua vida social, passe mais tempo com eles.
6

Assuma a organização. Caso não tenha desistido de se socializar com quem o excluiu, esforce-se para recuperar a sensação de inclusão. Não é preciso forçar nada: organize um passeio divertido e convide-os para ir com você. Escolha uma atividade com a qual se sentirão confortáveis (como sua casa ou uma cafeteria onde costumam ir).




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Caso a exclusão seja bullying, denuncie-a. Ser excluído repetidas vezes pela mesma pessoa (ou grupo) é bullying. Trata-se de um problema sério que pode alcançar proporções alarmantes, portanto, contate adultos e autoridades que o ajudarão a lidar com a questão. Para identificar o problema, fique de olho em:[7]
  • Exclusões que envolvam outros atos maliciosos como ameaças, boatos e ataques (físicos ou verbais).
  • Comportamentos repetidos que não demonstrem sinais de que estão chegando ao fim.
  • Pessoas perigosas por apresentarem força física, popularidade ou terem acesso a informações que poderiam prejudicá-lo se fossem espalhadas.