Primeiramente, foi dado o primeiro tempo aos promotores. Iniciaram levantando o tema e que já havia lei para o aborto, mas era permitido apenas em casos isolados. Também deram o argumento de que, não era preciso o aborto, porque mesmo que os pais não tivessem condição de cuidar do filho, ele pode ser levado a um orfanato, assim, com chances de ser adotado. Também disseram que não seria benéfico por conta de que muitas pessoas iriam usar como método abortivo, e com isso, levaria a muitos problemas de saúde para as mulheres.
Logo no segundo tempo, com o momento dedicado a fala dos advogados, eles falaram que os métodos contraceptivos, como preservativos e pílulas ainda seriam os principais, mas o aborto seria utilizado como uma das últimas opções.
Na vez dos promotores, já começam abordando o tema de, ao invés de investir em recursos para realizar o aborto, seria mais inteligente investir esse tempo e dinheiro na conscientização as pessoas de sempre usarem os métodos contraceptivos e conscientizar os jovens a não terem filhos precocemente, por conta de que, caso o aborto for legalizado, as pessoas deixarão de se preocupar tanto com os contraceptivos e irá acabar aumentando a quantidade de pessoas com DST.
Advogados falam que a conscientização quanto aos métodos contraceptivos pode acontecer junto com a legalização, assim aumentando o alcance do movimento, favorecendo a todos.
Promotores tem o argumento de que o feto também tem o direito de ter a vida. E repetem sobre a questão de que após o aborto, podem acontecer alguns imprevistos, como a mulher não conseguir engravidar novamente.
Advogados dizem que, sendo proibido ou não as mulheres fazem, e fazem de uma forma arriscada e muito perigosa, correndo risco de contagio entre tantos outros problemas.
Nesse meio tempo, houve algumas falas de defesa dos promotores que os advogados acabaram interferindo e causando um pequeno distúrbio no tribunal.
Logo depois chega a vez dos advogados e ele dizem que o sistema de adoção é falho e muito demorado e que o aborto sendo legalizado o número de crianças sem pais para adotar seria altamente reduzido.
Promotores, novamente usam a fala de que não se pode tirar o direito de vida do feto.
Advogados usam um argumento, envolvendo a constituição, falando que de acordo com ela, a criança só recebe seus direitos após o parto, quando realiza a sua primeira respiração.
Promotores falam que o aborto pode matar a mulher que está realizando-o.
Advogados falam que todos os anos milhares de mulheres são atendidas pelo SUS por conta de abortos clandestinos, mas que se o aborto fosse legalizado ele seria realizado de forma segura assim diminuindo o risco de acidentes e imprevistos.
Após estas falas, chega a hora dos argumentos finais, ou seja, as conclusões.
Promotores dizem que o aborto é apenas um erro para corrigir outro erro. A pessoa que nascer tem chances sim de ter uma vida boa.
Advogados dizem que aborto é uma questão de crença. Já foi provado que o número de abortos diminuiu quando foi legalizado em outros países, dando vários exemplos. E a realização dele fica bem mais segura quando feita de uma forma legal.
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