terça-feira, 22 de outubro de 2019

Os Trapalhões no auto da Compadecida - Ariano Suassuna


Sinopse: Baseado na peça O Auto da Compadecida do mestre Ariano Suassuna. Narrado por um palhaço (Queiroz), a história rola na pequena cidade de Taperoá, onde vivem João Grilo (Aragão) e Chicó (Dedé Santana) empregados de um padeiro (Zacarias) e sua esposa (Gimenez), que vivem aprontando não somente para cima dos seus patrões, mas de outros moradores da cidade, não poupando nem mesmo o padre (Cavalcanti) e o sacristão (Solviati), que estão recebendo a visita do bispo (Consorte) e um frade (Mussum). Num dia rotineiro, com a dupla de amigos espertalhões aprontando das suas, um bando de cangaceiros, liderados por Severino de Aracaju (Dumont), invade a cidade e captura parte dos moradores, mandando-os desta para uma melhor, onde serão julgados por Jesus (Mussum), sendo acusado pelo diabo (Cortez). Com acusações gravíssimas que dificilmente os farão escapar da condenação eterna nos quinto dos infernos, João Grilo apela para Nossa Senhora (Goffman), possa interceder por todos eles.

Leia aqui uma crítica. Outra crítica aqui. E aqui veja quem é João Grilo. Aqui sobre Ariano Suassuna.
E veja aqui o motivo de conhecer esta obra clássica.

Auto (do latim actu = ação, ato) é uma composição teatral do subgênero da literatura dramática, surgida na Idade Média, na Espanha, por volta do século XII. De linguagem simples e extensão curta (normalmente, compõe-se de um único ato), os autos, em sua maioria, têm elementos cômicos ou intenção moralizadora. Suas personagens simbolizam as virtudes, os pecados, ou representam anjos, demônios e santos.

Com o passar do tempo, o auto passou a ser definido como uma peça de curta duração de conteúdo religioso ou profano, burlesco e alegórico, escrito geralmente em verso. Sua característica principal é o conteúdo simbólico, cujos personagens são entidades abstratas, geralmente de caráter religioso ou moral (o pecado, a luxúria, a bondade, a virtude, entre outros).

O maior representante luso dessa modalidade dramática é Gil Vicente, com autos que romperam os tempos e são dramatizados até hoje, como é o caso do Auto da Barca do Inferno. No Brasil, Ariano Suassuna é um dos grandes exemplos de escritores de autos, com peças importantíssimas e muito conhecidas, como em O Auto da Compadecida.


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Curiosidades: veja aqui a primeira versão em filme do auto feita em 1969. E aqui a versão de 1999;


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Questionário:

01 - O que é um "auto"?
02 - Quem é o autor de "o auto da compadecida? Fale sobre ele.
03 - Dê as características dos personagens João Grilo e do Chicó.
04 - Onde e quando acontecem os fatos do filme?
05 - No filme, há representantes de cada estrato social: núcleo econômico, religioso, social, político e de excluídos. Exemplifique-os.
06 - Os personagens possuem falhas morais e éticas. Qual a intenção do autor em representar tais características?
07 - O que motiva as mentiras de Chicó?
08 - Cite as críticas sociais apresentadas na ficção do auto e explique uma delas.
09 - O personagem mais humilde é também o mais "sabido". João Grilo engana, manipula e gerencia uma série de desventuras. Sendo ele tão capaz, por que não tinha uma vida mais aprazível?
10 - O filme trata de "contos de réis". Qual o nome da moeda? Ao qual valor corresponde a um "conto"?
11 - Há elementos de fantasia na obra. Quais são eles? Para qual objetivo o autor utiliza este recurso?
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12 - "A esperteza é a arma do pobre". Disserte sobre este tema em 20 linhas, incluindo o título, e conclua posicionando-se contrária ou favoravelmente ao ditado.


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