quinta-feira, 29 de outubro de 2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Sistema Capitalista
“Vivemos em um mundo capitalista!”.
Certamente, esta frase foi dita ou ouvida pela maioria das pessoas,
porém muitos ainda não sabem o que significa viver em um mundo
capitalista.
Capitalismo é o sistema sócio-econômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono.
Antes do capitalismo, o sistema predominante era o Feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos. O progresso e as importantes mudanças na sociedade (novas técnicas agrícolas, urbanização, etc) fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do capitalismo.
Os proprietários dos meios de produção (burgueses ou capitalistas) são a minoria da população e os não-proprietários (proletários ou trabalhadores – maioria) vivem dos salários pagos em troca de sua força de trabalho.
Nessa época várias empresas se fundiram, dando origem as transnacionais (também conhecidas como multinacionais). São elas: Exxon, Texaco, IBM, Microsoft, Nike, etc.
OBS: O nome transnacional expressa melhor a idéia de que essas empresas atuam além de seu país. O termo multinacional nos levava a concluir que a empresa tinha várias nacionalidades. Por esta razão, o termo foi substituído.
A união de grandes empresas trouxe prejuízo para as pequenas empresas que não conseguem competir no mercado nas mesmas condições. Ou acabam sendo “devoradas” pelos gigantes ou conseguem apenas uma parcela muito pequena no mercado.
Visando sempre o lucro e o progresso, grandes empresas passaram a valorizar seus empregados oferecendo-lhes benefícios no intuito de conseguir extrair deles a vontade de trabalhar.
Consequentemente, essa vontade e dedicação ao trabalho levará o empregado a desempenhar o serviço com mais capricho e alegria, contribuindo para o sucesso da empresa.
Infelizmente, muitas empresas não investem em seus operários e muitos deles trabalham sem a menor motivação, apenas fazem o que é preciso para se manterem no emprego e assegurar o bem-estar de sua família.
Trabalho sobre capitalismo
- reflexão crítica sobre os seguintes artigos:
Por que Capitalismo?
Vale a pena manter o termo capitalismo?
Por que os intelectuais se opõem ao capitalismo?
Capitalismo é o sistema sócio-econômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono.
Antes do capitalismo, o sistema predominante era o Feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos. O progresso e as importantes mudanças na sociedade (novas técnicas agrícolas, urbanização, etc) fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do capitalismo.
Os proprietários dos meios de produção (burgueses ou capitalistas) são a minoria da população e os não-proprietários (proletários ou trabalhadores – maioria) vivem dos salários pagos em troca de sua força de trabalho.
Características do Capitalismo
- Toda mercadoria é destinada para a venda e não para o uso pessoal
- O trabalhador recebe um salário em troca do seu trabalho
- Toda negociação é feita com dinheiro
- O capitalista pode admitir ou demitir trabalhadores, já que é dono de tudo (o capital e a propriedade)
Fases do Capitalismo
- Capitalismo Comercial ou mercantil: consolidou-se entre os séculos XV e XVIII. É o chamado Mercantilismo. As grandes potências da época (Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França) exploravam novas terras e comercializavam escravos, metais preciosos etc. com a intenção de enriquecer.
- Capitalismo Industrial: Foi a época da Revolução Industrial.
- Capitalismo Financeiro: após a segunda guerra, algumas empresas começaram a exportar meios de produção por causa da alta concorrência e do crescimento da indústria.
Nessa época várias empresas se fundiram, dando origem as transnacionais (também conhecidas como multinacionais). São elas: Exxon, Texaco, IBM, Microsoft, Nike, etc.
OBS: O nome transnacional expressa melhor a idéia de que essas empresas atuam além de seu país. O termo multinacional nos levava a concluir que a empresa tinha várias nacionalidades. Por esta razão, o termo foi substituído.
A união de grandes empresas trouxe prejuízo para as pequenas empresas que não conseguem competir no mercado nas mesmas condições. Ou acabam sendo “devoradas” pelos gigantes ou conseguem apenas uma parcela muito pequena no mercado.
Visando sempre o lucro e o progresso, grandes empresas passaram a valorizar seus empregados oferecendo-lhes benefícios no intuito de conseguir extrair deles a vontade de trabalhar.
Consequentemente, essa vontade e dedicação ao trabalho levará o empregado a desempenhar o serviço com mais capricho e alegria, contribuindo para o sucesso da empresa.
Infelizmente, muitas empresas não investem em seus operários e muitos deles trabalham sem a menor motivação, apenas fazem o que é preciso para se manterem no emprego e assegurar o bem-estar de sua família.
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Capitalismo
Origens
Encontramos a origem do sistema
capitalista na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o
renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa
uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o
lucro através de atividades comerciais.
Neste contexto, surgem também os
banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em
circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento.
Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos
cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista :
lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão
dos negócios.
Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo
Este período estende-se do século XVI ao
XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas
Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em
outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a
procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em
solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao
chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração,
cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital.
Neste contexto, podemos identificar as seguintes características
capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda
substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do
poder da burguesia e desigualdades sociais.
Segunda Fase: Capitalismo Industrial
No século XVIII, a Europa passa por uma
mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A
Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema
capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do
mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois
colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos
artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem
de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado
esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por
outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas
condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas
foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.
O lucro ficava com o empresário que
pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias,
utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro
cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato.
Muitos países europeus, no século XIX,
começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois
continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto
conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram
dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas
pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de
minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas
européias.
Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro
Iniciada no século XX, esta fase vai ter
no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado
globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este
período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.
Grande parte dos lucros e do capital em
circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização
permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas
partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de
uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países,
mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas
informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em
tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a
lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas
bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais
dentro deste contexto econômico atual.
- reflexão crítica sobre os seguintes artigos:
Por que Capitalismo?
Vale a pena manter o termo capitalismo?
Por que os intelectuais se opõem ao capitalismo?
Feminismo e Machismo (no Brasil)
Feminismo no Brasil
Casada aos treze anos, separou-se e voltou a morar com a família. Aos vinte, residindo em Olinda, apaixona-se por um jovem acadêmico de direito, Manuel Augusto de Faria, com quem passa a viver e tem uma filha de nome Lívia. Em 1833, a família se transfere para Porto Alegre, onde nasce o segundo filho e, em seguida, o companheiro adoece repentinamente e falece, aos 25 anos. Nísia permanece em Porto Alegre ainda alguns anos, dando aulas particulares e escrevendo para jornais, até que os conflitos da Revolução Farroupilha praticamente a obrigam a transferir-se para a capital do Império, em 1837.
No ano seguinte, já instalada no Rio de Janeiro, ela anuncia nos principais jornais da Corte a abertura de uma escola para meninas, a que dá o nome de Colégio Augusto, que se torna uma instituição conceituada. Enquanto a maioria das escolas enfatizava a “educação da agulha”, ou a “educação de sala”, dando ênfase para as aulas de bordado, canto, francês e piano, o Colégio Augusto incluía em seu currículo o ensino do latim, italiano, francês, inglês, geografia, história, aritmética e língua pátria, até então reservados apenas aos garotos. O colégio também se destacou por condenar o uso do espartilho e por incentivar a prática de atividades físicas, uma novidade da medicina higienista, contrariando a tendência geral de manter as jovens inativas e recolhidas. Por tudo isso, foram muitas as críticas que o colégio de Nísia Floresta recebeu, condenando principalmente as disciplinas consideradas “supérfluas” e “desnecessárias” à formação das meninas.
Nísia Floresta foi uma das primeiras mulheres no Brasil a romper os limites do espaço privado e a publicar textos na grande imprensa. Desde 1830 seu nome aparece em conhecidos periódicos. Foi também pioneira ao refletir sobre a relação existente entre o desenvolvimento material e intelectual de um país e o lugar ocupado pelas mulheres. Para ela, o progresso de uma sociedade dependia da educação; e só a instrução junto com a educação moral fariam da mulher uma boa esposa e uma mãe responsável. Não custa lembrar que eram estes os objetivos da educação das meninas naqueles tempos: torná-las mais conscientes de seus deveres e papéis sociais.
Nísia Floresta publicou cerca de 15 títulos em português, francês e italiano, entre romances, contos, crônicas, ensaios e poemas, no melhor estilo romântico. E em praticamente todos se encontra a firme intenção de formar consciências e de alterar as relações entre homens e mulheres. O tema da educação está presente nos seus escritos, ora através de um tom entusiasmado e panfletário, como em Opúsculo humanitário, de 1853, e A mulher, de 1857, que trazem propostas educacionais e críticas contundentes ao governo; ora apresentam um tom afetuoso e persuasivo de mãe e professora zelosa, como em Conselhos à minha filha, de 1842, Daciz ou a jovem completa e Fany ou o modelo das donzelas, de 1847.
O primeiro livro escrito por Nísia Floresta é também o primeiro no Brasil a tratar dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho. Direitos das mulheres e injustiça dos homens foi publicado em 1832, quando a grande maioria de nossas mulheres vivia enclausurada em preconceitos, submissas e analfabetas, sem qualquer direito a não ser o de ceder sempre à vontade masculina. Seu livro denuncia o mito da superioridade do homem e exige que as mulheres também sejam consideradas seres inteligentes, “dotadas de razão” e merecedoras de respeito. Foi inspirado nas novíssimas idéias que agitavam os meios letrados da Europa, que também reivindicavam uma condição mais justa para as mulheres. Nísia faz uma adaptação das idéias estrangeiras e escreve o texto fundador do feminismo brasileiro. Afirmava que a mulher era tão capaz quanto o homem de ocupar cargos de comando, como de general, almirante e ministro, ou de exercer a medicina, a magistratura e a advocacia, além de defender uma sociedade que valorizasse a função materna. Nísia vai fundo em suas intenções de acender o debate e de abalar as eternas verdades de nossas elites patriarcais.
Hoje, idéias como estas, de que a menina devia ser educada para ser melhor mãe de família, podem soar ultrapassadas. Mas é preciso lembrar que a mulher se beneficiou quando a maternidade passou a ser valorizada enquanto papel social. De figura inexpressiva na sociedade, em conseqüência da rígida estratificação social que privilegiava o masculino, rapidamente ela se torna o centro das atenções pela valorização da maternidade, sua função biológica exclusiva. Nísia percebeu que residia aí um trunfo, e que era preciso aproveitá-lo para que o gênero feminino adquirisse status e poder diante da opinião pública.
Nísia foi progressista também ao abordar o índio e o negro. O longo poema “A lágrima de um caeté”, de 1849, apresenta inúmeros elementos marcantes do Romantismo, como a lusofobia, o elogio da natureza e a exaltação de valores indígenas. A novidade é que o poema traz não a visão do índio-herói da maioria dos textos indianistas e, sim, o ponto de vista dos derrotados, do índio vencido e inconformado com a opressão de sua raça pelo branco invasor. Já “Páginas de uma vida obscura” circulou apenas como folhetim no jornal O Brasil Ilustrado, no ano de 1855. Nesse texto, que trata da vida de um escravo, ela enaltece as qualidades do homem negro, defende com ênfase um tratamento humanitário por parte dos senhores de escravos, e se revela sinceramente condoída com o sofrimento do outro. Mais tarde, por volta de 1870, a autora vai defender apaixonadamente a Abolição em seus diários e livros de viagem.
Em 1849, Nísia mudou-se para a Europa com os filhos e lá ficou até morrer, em 1885, em Rouen, no interior da França. No auge de sua maturidade intelectual, viajou durante anos seguidos pela Itália, Portugal, Alemanha, Bélgica, Grécia, França e Inglaterra, e se relacionou com escritores importantes como Alexandre Herculano, Dumas, Victor Hugo e George Sand. Com Auguste Comte, o idealizador da filosofia positivista, Nísia Floresta trocou algumas cartas que testemunham a amizade respeitosa que os unia, e que muitos tentaram ver como uma relação amorosa.
Nos livros Itinerário de uma viagem à Alemanha, de 1857, e Três anos na Itália, seguidos de uma viagem à Grécia, de 1864, escritos originalmente em francês, ela descreve com riqueza de detalhes, e muita sensibilidade e erudição, as cidades e os tipos humanos que vai conhecendo. No primeiro, refaz o percurso de Mme. de Staël, de Victor Hugo e de outros viajantes que também visitaram a terra de Goethe. Mas seu livro não conterá apenas um roteiro de viagem. Mais do que a descrição do trajeto entre uma cidade e outra, seu Itinerário trará em suas páginas a viagem propriamente dita − que realiza pelas aldeias e vilas e nos é comunicada através das descrições das paisagens, castelos ou igrejas que visita −, a viagem pelo passado histórico da Alemanha − quando relata episódios históricos que aconteceram nos lugares em que se encontra; e uma viagem para dentro de si mesma − quando se deixa levar pela melancolia e confidencia seus pensamentos mais íntimos, como as saudades da pátria e dos familiares distantes. Em Três anos na Itália, Nísia Floresta realiza ainda uma singular fusão entre as duas formas de diário: “o de viagem” e o “diário íntimo”, introduzindo, por vezes, um personagem que seria a pessoa com quem ela “dialoga”, que tanto pode ser alguém de seu relacionamento, como um personagem histórico, uma cidade, um cidadão qualquer.
Já o ensaio O Brasil apresenta uma particularidade curiosa: é um texto sobre o país escrito em língua estrangeira por uma brasileira, com a intenção de fazer propaganda da pátria e desfazer os preconceitos e mentiras divulgados por certos viajantes. Nísia resume a história do país, trata dos recursos econômicos e das riquezas, descreve com entusiasmo a natureza, as dimensões territoriais do país, as lutas nacionais pela libertação, e termina com severas críticas à colonização portuguesa. Além de tratar da história passada e do presente, a autora faz projeções de um “futuro grandioso”, e se alinha aos escritores que queriam construir uma imagem positiva para o país.
Como também ocorreu com outras escritoras do século XIX, o nome de Nísia Floresta caiu no esquecimento e durante muito tempo não se ouviu falar dela. A historiografia literária nacional não registra sua obra como escritora romântica, e tampouco a história da educação a menciona como uma de nossas primeiras educadoras. Apenas recentemente, com o impulso dos estudos de gênero, esta e outras autoras voltaram a ser lembradas e suas obras se tornaram motivo de investigações. E não era sem tempo. No momento em que se pesquisa e se constrói a história intelectual da mulher brasileira, é chegada a hora de dar a Nísia o lugar de destaque que ela de fato merece, e reconhecer o ineditismo de seus escritos. A autora, que tão longe iria em sua trajetória de vida, foi uma das raras mulheres de letras que surgiram no Brasil patriarcal de seu tempo. Mas foi mais ainda. Nísia Floresta foi uma brasileira erudita e “ilustrada” como bem poucas em nossa história.
Confira os números:
- 96% afirmam viver em uma sociedade machista
- 48% deles dizem achar errado a mulher sair sozinha com os amigos, sem a companhia do marido, namorado ou "ficante"
- 76% criticam aquelas que têm vários "ficantes"
- 80% afirmam que a mulher não deve ficar bêbada em festas ou baladas
O que elas dizem:
- 78% das jovens entrevistadas relatam já ter sofrido algum tipo de assédio como cantada ofensiva, abordagem violenta na balada e ser beijada à força. Três em cada dez garotas dizem ter sido assediadas fisicamente no transporte público.
- 53% delas dizem que já tiveram o celular vasculhado
- 40% que o parceiro controla o que fazem, onde e com quem estão
- 35% relatam que foram xingadas pelo namorado; 33%, impedidas de usar determinada roupa.
- 9% contam que já foram obrigadas a fazer sexo quando não estavam com vontade
- 37% que já tiveram relação sexual sem camisinha por insistência do parceiro.
- 32% das jovens relatam que tiveram de excluir algum amigo do Facebook a pedido do parceiro
- 30% dizem que tiveram e-mail ou perfil de rede social invadido pelo namorado e 28%
- 15% das jovens dizem que foram obrigadas a revelar para os namorados suas senhas de e-mail e Facebook
- 2% que receberam ameaça de cibervingança – a divulgação de fotos ou vídeos íntimos.
Além dos dados apresentados, a pesquisa ainda mostra que 42% das mulheres reprovam uma mulher que fique com muitos homens. 43% dos garotos categorizam mulheres para namorar ou para ficar.
Mais mulheres (42% delas) do que homens (41% deles) disseram
concordar que uma garota deve ficar com poucos homens. E muitos garotos
(43%) ainda veem diferença entre mulheres para “namorar” e “para ficar” .
Já 30% dos homens dizem que a mulher que usa roupas curtas está se
oferecendo; somente 20% das mulheres concordam com a opinião.
Em
um pensamento machista existe um "sistema hierárquico" de gêneros, onde
o masculino está sempre em posição superior ao que é feminino. Ou seja,
o machismo é a ideia errônea de que os homens são "superiores" às
mulheres.
A ideologia do machismo está impregnada nas raízes culturais da sociedade há séculos, tanto no sistema econômico e político mundial, como nas religiões, na mídia e no núcleo família, este último apoiado em um regime patriarcal, onde a figura masculina representa a liderança.
Neste cenário, a mulher encontra-se num estado de submissão ao homem, perdendo o seu direito de livre expressão ou sendo forçada pela sociedade machista a servir e assistir as vontades do marido ou do pai, caracterizando um tradicional regime patriarcal.
Saiba mais sobre o significado de Submissão.
O ideal machista divide o mundo em "o que é feminino" e "o que é masculino", como profissões, trejeitos, expressões, manifestações, comportamentos, emoções e etc. De acordo com a convenção social do machismo, o homem deve seguir o estereótipo masculino, enquanto que a mulher deverá agir segundo o que foi pré-definido como feminino.
Não são apenas as mulheres que sofrem com o machismo, como forma de preconceito. Os homens homossexuais, ou mesmo os heterossexuais que se classificam como metrossexuais, por exemplo, também são alvos de exclusão na sociedade machista.
Quando um homem foge às ditas "regras da masculinidade", já pode ser enquadrado como alvo de preconceito em uma sociedade machista.
Saiba mais sobre o significado de Metrossexual.
Na mídia moderna, o machismo aparece quando a figura da mulher é apresentada como um "objeto sexual", de satisfação e prazer para os homens, com o intuito de venda.
Numa conotação informal, o machismo ainda pode significar o ato de ser macho, másculo ou um excesso exagerado de macheza e virilidade.
Graças às reivindicações feministas, as mulheres conquistaram durante o século XX direitos que antes eram garantidos apenas para os homens, como o divórcio, o voto em eleições, concorrer a cargos do governo, entre outros.
O movimento feminista tem como principal objetivo desconstruir o discurso enraizado na sociedade contemporânea do machismo, conscientizando as pessoas sobre a ausência de diferenças entre os gêneros.
Ao falar sobre o feminismo no Brasil,
devemos inicialmente falar sobre a situação da mulher em nossa
sociedade. Durante vários séculos, as mulheres estiveram relegadas ao
ambiente doméstico e subalternas ao poder das figuras do pai e do
marido. Quando chegavam a se expor ao público, o faziam acompanhadas e
geralmente se dirigiam para o interior das igrejas. A limitação do ir e
do vir era a mais clara manifestação do lugar ocupado pelo feminino.
A transformação desse papel recluso
passou a experimentar suas primeiras transformações no século XIX,
quando o governo imperial reconheceu a necessidade de educação da
população feminina. No final desse mesmo período, algumas publicações
abordavam essa relação entre a mulher e a educação, mas sem pensar em um
projeto amplo a todas as mulheres. O conhecimento não passava de
instrumento de reconhecimento das mulheres provenientes das classes mais
abastadas.
Chegando até essa época, as aspirações
pelo saber existiam, mas não possuíam o interesse de subverter ou
questionar a ordem imposta pelo mundo dos homens. No século XX, os
papéis desempenhados pela mulher se ampliaram quando algumas destas se
inseriram em uma sociedade industrial, onde assumiram uma gama diversa
de postos de trabalho. Apesar disso, a esfera da mulher ligada ao lar
continuava a ter sua força hegemônica.
Aqui tínhamos uma diversificação dos
feminismos que iam da tendência bem comportada até o feminismo mais
incisivo. Nesse quadro, observamos a mobilização de mulheres que exigiam
o seu direito à cidadania sem questionar os outros papéis subalternos
assumidos pelas mesmas. Na outra extremidade, vemos mulheres que
reivindicam sua ampliação na vida pública, a defesa irrestrita do
movimento dos trabalhadores e a consolidação dos princípios de lutas
comunistas.
Entre as décadas de 1930 e 1960, as
manifestações feministas oscilavam mediante as mudanças desenvolvidas no
cenário político nacional. Em 1934, o voto feminino fora reconhecido
pelo governo de Getúlio Vargas. Já em 1937, os ideais corporativistas do
Estado Novo impediram a expressão de movimentos de luta e contestação
de homens e mulheres. Nos anos de 1950, a redemocratização permitira a
flexibilização da exigência que condicionava o trabalho feminino à
autorização marital.
A revolução dos costumes engendrada na
década de 1960 abriu caminho para que o feminismo se tornasse um
movimento de maior força e combatividade. Mesmo sob o contexto da
ditadura, as mulheres passaram a se organizar para questionarem mais
profundamente seu papel assumido na sociedade. A problemática dos
padrões de comportamento passou a andar de mãos dadas com os ideias de
esquerda que inspiravam várias participantes desse momento.
Vale aqui ressaltar que a luta pela
equidade entre os gêneros acabou criando dilemas significativos em
relação à mulher feminista. Lutar pelos direitos da mulher, em muitos
momentos, parecia ser a demonstração que a mulher poderia simplesmente
assumir os mesmos lugares e comportamentos antes privados ao mundo
masculino. Dessa forma, a subjetividade feminina era deixada de lado
para favorecer um ideal de que a “verdadeira feminista” deveria ser
combativa e, ao mesmo tempo, embrutecida.
Quando atingimos o processo de
redemocratização do país, observamos que o feminismo passou por uma
reorganização contrária a uma tendência unificadora. Uma espécie de
“feminismo temático” apareceu em instituições que tratavam de demandas
específicas da mulher. Em certo sentido, o feminismo tomava para si não
só a participação na esfera política, mas também se desdobrava no debate
de questões e problemas de ordem mais concreta e imediata.
Dessa forma, chegamos à atualidade vendo
que a ação feminista não mais se comporta apenas na formação de
movimentos organizados. Sendo assim, a intenção de se pensar sobre as
necessidades da mulher não mais atravessa a dificuldade de se criar um
projeto amplo e universalista. Entre as grandes e pequenas demandas, as
mulheres observam que a conquista de sua emancipação abre portas para a
compreensão e a resolução de outros novos desafios.
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As sementes do feminismo no Brasil
Uma das primeiras mulheres a publicar na grande imprensa brasileira, Nísia Floresta abalou as estruturas da sociedade patriarcal brasileira do século XIX ao defender a valorização da mulher
Numa época em que as mulheres brasileiras viviam trancadas em casa, submetidas aos pais, maridos, ou mesmo irmãos, uma norte-rio-grandense de Papari, nascida em 12 de outubro de 1810, teve um vida diferente. Tão diferente que hoje sua cidade natal leva seu nome, Nísia Floresta. Na verdade, Nísia Floresta Brasileira Augusta era o pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, responsável pelas primeiras páginas da história da luta feminina em busca de seus direitos no Brasil e que merece destaque pela coragem revelada em seus escritos e pelo ineditismo de suas idéias.Casada aos treze anos, separou-se e voltou a morar com a família. Aos vinte, residindo em Olinda, apaixona-se por um jovem acadêmico de direito, Manuel Augusto de Faria, com quem passa a viver e tem uma filha de nome Lívia. Em 1833, a família se transfere para Porto Alegre, onde nasce o segundo filho e, em seguida, o companheiro adoece repentinamente e falece, aos 25 anos. Nísia permanece em Porto Alegre ainda alguns anos, dando aulas particulares e escrevendo para jornais, até que os conflitos da Revolução Farroupilha praticamente a obrigam a transferir-se para a capital do Império, em 1837.
No ano seguinte, já instalada no Rio de Janeiro, ela anuncia nos principais jornais da Corte a abertura de uma escola para meninas, a que dá o nome de Colégio Augusto, que se torna uma instituição conceituada. Enquanto a maioria das escolas enfatizava a “educação da agulha”, ou a “educação de sala”, dando ênfase para as aulas de bordado, canto, francês e piano, o Colégio Augusto incluía em seu currículo o ensino do latim, italiano, francês, inglês, geografia, história, aritmética e língua pátria, até então reservados apenas aos garotos. O colégio também se destacou por condenar o uso do espartilho e por incentivar a prática de atividades físicas, uma novidade da medicina higienista, contrariando a tendência geral de manter as jovens inativas e recolhidas. Por tudo isso, foram muitas as críticas que o colégio de Nísia Floresta recebeu, condenando principalmente as disciplinas consideradas “supérfluas” e “desnecessárias” à formação das meninas.
Nísia Floresta foi uma das primeiras mulheres no Brasil a romper os limites do espaço privado e a publicar textos na grande imprensa. Desde 1830 seu nome aparece em conhecidos periódicos. Foi também pioneira ao refletir sobre a relação existente entre o desenvolvimento material e intelectual de um país e o lugar ocupado pelas mulheres. Para ela, o progresso de uma sociedade dependia da educação; e só a instrução junto com a educação moral fariam da mulher uma boa esposa e uma mãe responsável. Não custa lembrar que eram estes os objetivos da educação das meninas naqueles tempos: torná-las mais conscientes de seus deveres e papéis sociais.
Nísia Floresta publicou cerca de 15 títulos em português, francês e italiano, entre romances, contos, crônicas, ensaios e poemas, no melhor estilo romântico. E em praticamente todos se encontra a firme intenção de formar consciências e de alterar as relações entre homens e mulheres. O tema da educação está presente nos seus escritos, ora através de um tom entusiasmado e panfletário, como em Opúsculo humanitário, de 1853, e A mulher, de 1857, que trazem propostas educacionais e críticas contundentes ao governo; ora apresentam um tom afetuoso e persuasivo de mãe e professora zelosa, como em Conselhos à minha filha, de 1842, Daciz ou a jovem completa e Fany ou o modelo das donzelas, de 1847.
O primeiro livro escrito por Nísia Floresta é também o primeiro no Brasil a tratar dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho. Direitos das mulheres e injustiça dos homens foi publicado em 1832, quando a grande maioria de nossas mulheres vivia enclausurada em preconceitos, submissas e analfabetas, sem qualquer direito a não ser o de ceder sempre à vontade masculina. Seu livro denuncia o mito da superioridade do homem e exige que as mulheres também sejam consideradas seres inteligentes, “dotadas de razão” e merecedoras de respeito. Foi inspirado nas novíssimas idéias que agitavam os meios letrados da Europa, que também reivindicavam uma condição mais justa para as mulheres. Nísia faz uma adaptação das idéias estrangeiras e escreve o texto fundador do feminismo brasileiro. Afirmava que a mulher era tão capaz quanto o homem de ocupar cargos de comando, como de general, almirante e ministro, ou de exercer a medicina, a magistratura e a advocacia, além de defender uma sociedade que valorizasse a função materna. Nísia vai fundo em suas intenções de acender o debate e de abalar as eternas verdades de nossas elites patriarcais.
Hoje, idéias como estas, de que a menina devia ser educada para ser melhor mãe de família, podem soar ultrapassadas. Mas é preciso lembrar que a mulher se beneficiou quando a maternidade passou a ser valorizada enquanto papel social. De figura inexpressiva na sociedade, em conseqüência da rígida estratificação social que privilegiava o masculino, rapidamente ela se torna o centro das atenções pela valorização da maternidade, sua função biológica exclusiva. Nísia percebeu que residia aí um trunfo, e que era preciso aproveitá-lo para que o gênero feminino adquirisse status e poder diante da opinião pública.
Nísia foi progressista também ao abordar o índio e o negro. O longo poema “A lágrima de um caeté”, de 1849, apresenta inúmeros elementos marcantes do Romantismo, como a lusofobia, o elogio da natureza e a exaltação de valores indígenas. A novidade é que o poema traz não a visão do índio-herói da maioria dos textos indianistas e, sim, o ponto de vista dos derrotados, do índio vencido e inconformado com a opressão de sua raça pelo branco invasor. Já “Páginas de uma vida obscura” circulou apenas como folhetim no jornal O Brasil Ilustrado, no ano de 1855. Nesse texto, que trata da vida de um escravo, ela enaltece as qualidades do homem negro, defende com ênfase um tratamento humanitário por parte dos senhores de escravos, e se revela sinceramente condoída com o sofrimento do outro. Mais tarde, por volta de 1870, a autora vai defender apaixonadamente a Abolição em seus diários e livros de viagem.
Em 1849, Nísia mudou-se para a Europa com os filhos e lá ficou até morrer, em 1885, em Rouen, no interior da França. No auge de sua maturidade intelectual, viajou durante anos seguidos pela Itália, Portugal, Alemanha, Bélgica, Grécia, França e Inglaterra, e se relacionou com escritores importantes como Alexandre Herculano, Dumas, Victor Hugo e George Sand. Com Auguste Comte, o idealizador da filosofia positivista, Nísia Floresta trocou algumas cartas que testemunham a amizade respeitosa que os unia, e que muitos tentaram ver como uma relação amorosa.
Nos livros Itinerário de uma viagem à Alemanha, de 1857, e Três anos na Itália, seguidos de uma viagem à Grécia, de 1864, escritos originalmente em francês, ela descreve com riqueza de detalhes, e muita sensibilidade e erudição, as cidades e os tipos humanos que vai conhecendo. No primeiro, refaz o percurso de Mme. de Staël, de Victor Hugo e de outros viajantes que também visitaram a terra de Goethe. Mas seu livro não conterá apenas um roteiro de viagem. Mais do que a descrição do trajeto entre uma cidade e outra, seu Itinerário trará em suas páginas a viagem propriamente dita − que realiza pelas aldeias e vilas e nos é comunicada através das descrições das paisagens, castelos ou igrejas que visita −, a viagem pelo passado histórico da Alemanha − quando relata episódios históricos que aconteceram nos lugares em que se encontra; e uma viagem para dentro de si mesma − quando se deixa levar pela melancolia e confidencia seus pensamentos mais íntimos, como as saudades da pátria e dos familiares distantes. Em Três anos na Itália, Nísia Floresta realiza ainda uma singular fusão entre as duas formas de diário: “o de viagem” e o “diário íntimo”, introduzindo, por vezes, um personagem que seria a pessoa com quem ela “dialoga”, que tanto pode ser alguém de seu relacionamento, como um personagem histórico, uma cidade, um cidadão qualquer.
Já o ensaio O Brasil apresenta uma particularidade curiosa: é um texto sobre o país escrito em língua estrangeira por uma brasileira, com a intenção de fazer propaganda da pátria e desfazer os preconceitos e mentiras divulgados por certos viajantes. Nísia resume a história do país, trata dos recursos econômicos e das riquezas, descreve com entusiasmo a natureza, as dimensões territoriais do país, as lutas nacionais pela libertação, e termina com severas críticas à colonização portuguesa. Além de tratar da história passada e do presente, a autora faz projeções de um “futuro grandioso”, e se alinha aos escritores que queriam construir uma imagem positiva para o país.
Como também ocorreu com outras escritoras do século XIX, o nome de Nísia Floresta caiu no esquecimento e durante muito tempo não se ouviu falar dela. A historiografia literária nacional não registra sua obra como escritora romântica, e tampouco a história da educação a menciona como uma de nossas primeiras educadoras. Apenas recentemente, com o impulso dos estudos de gênero, esta e outras autoras voltaram a ser lembradas e suas obras se tornaram motivo de investigações. E não era sem tempo. No momento em que se pesquisa e se constrói a história intelectual da mulher brasileira, é chegada a hora de dar a Nísia o lugar de destaque que ela de fato merece, e reconhecer o ineditismo de seus escritos. A autora, que tão longe iria em sua trajetória de vida, foi uma das raras mulheres de letras que surgiram no Brasil patriarcal de seu tempo. Mas foi mais ainda. Nísia Floresta foi uma brasileira erudita e “ilustrada” como bem poucas em nossa história.
Constância Lima Duarte é professora-doutora de
literatura brasileira na Universidade Federal de Minas Gerais e autora
de Nísia Floresta – a primeira feminista do Brasil (Editora Mulheres,
2005) e Nísia Floresta: vida e obra (Edufrn, 1995).
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Feminismo no Brasil
As origens do feminismo no
Brasil se encontram no século XIX. Estas primeiras manifestações
desafiaram ao mesmo tempo a ordem conservadora que excluía a mulher do
mundo público (do voto, do direito como cidadã) e também, propostas mais
radicais que iam além da igualdade política, mas que abrangiam a
emancipação feminina, pautando-se na relação de dominação masculina
sobre a feminina em todos os aspectos da vida da mulher.
Durante o império, alguns juristas tentaram
legalizar o voto feminino, com ou sem o consentimento do marido. A
constituição de 1891, não excluía a mulher do voto, pois na cabeça dos
constituintes não existia a idéia da mulher como um indivíduo dotado de
direitos. Isso fez com que muitas mulheres requeressem, sem sucesso, o
alistamento. A constituição republicana de 1889 continha inicialmente
uma medida que dava direito de voto para as mulheres, mas na última
versão essa medida foi abolida, pois predominou a idéia de que a
política era uma atividade desonrosa para a mulher.
Em 1922, aquela que é, ao lado de Nísia Floresta, considerada pioneira no feminismo brasileiro, Berta Lutz, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutava pelo voto, pela escolha do domicílio e pelo trabalho de mulheres sem autorização do marido.
O Rio Grande do Norte foi o estado pioneiro no país a legalizar o voto feminino, em 1927. A primeira eleitora registrada foi Celina Guimarães Viana. O código eleitoral elaborado em 1933 finalmente estendia o direito a voto e a representação política às mulheres; na constituinte de 1934 houve uma representante do sexo feminino, a primeira deputada do Brasil: Carlota Pereira de Queirós.
Um outro movimento na época, concomitante a luta por direitos políticos era um movimento mais de enfrentamento na justiça e nas atividades de mulheres livres-pensadoras que criavam jornais e escreviam livros e peças de teatro. Somavam-se a elas as anarquistas radicais que traziam consigo à luta das trabalhadoras, discutindo, assim, o trabalho e a desigualdade de classe, bem distante das preocupações das feministas de elite.
Século XX
Alguns momentos históricos desta época foram importantes no avanço da luta das mulheres, entre outros, as greves de 1917, em 1922 o surgimento do Partido Comunista do Brasil e, nesta mesma data, a realização da Semana de Arte Moderna em São Paulo.Em 1922, aquela que é, ao lado de Nísia Floresta, considerada pioneira no feminismo brasileiro, Berta Lutz, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutava pelo voto, pela escolha do domicílio e pelo trabalho de mulheres sem autorização do marido.
O Rio Grande do Norte foi o estado pioneiro no país a legalizar o voto feminino, em 1927. A primeira eleitora registrada foi Celina Guimarães Viana. O código eleitoral elaborado em 1933 finalmente estendia o direito a voto e a representação política às mulheres; na constituinte de 1934 houve uma representante do sexo feminino, a primeira deputada do Brasil: Carlota Pereira de Queirós.
Um outro movimento na época, concomitante a luta por direitos políticos era um movimento mais de enfrentamento na justiça e nas atividades de mulheres livres-pensadoras que criavam jornais e escreviam livros e peças de teatro. Somavam-se a elas as anarquistas radicais que traziam consigo à luta das trabalhadoras, discutindo, assim, o trabalho e a desigualdade de classe, bem distante das preocupações das feministas de elite.
Dias atuais
O movimento feminista atualmente tem como bandeiras principais, no Brasil, o combate à violência doméstica — que atinge níveis elevados no país — e o combate à discriminação no trabalho. Também se dá importância ao estudo de gênero e da contribuição, até hoje um tanto esquecida, das mulheres nos diversos movimentos históricos e culturais do país. A legalização do aborto (que atualmente só é permitido em condições excepcionais) e a adoção de estilos de vida independente são metas de alguns grupos.
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Violência contra mulher é resultado de machismo, não de natureza masculina
O estudioso americano Matthew Gutmann defende o estudo de masculinidades para se acabar com a desigualdade de gênero e machismo
São Paulo – “O comportamento masculino é determinado pela
biologia”. “A natureza do homem é violenta, sexual, instintiva e difícil
de ser controlada”. Essas são algumas explicações usadas para
justificar posturas machistas e violentas por parte dos homens e que são
desconstruídas por Matthew Guttmann, antropólogo especialista em
masculinidades da Universidade Brown, de Providence, no estado de Rhode
Island, Estados Unidos.
Em recente visita ao Brasil, Guttmann participou do I Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres, ocorrido em maio passado, em São Paulo e organizado pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Vladimir Herzog.
“Mas não são todos os homens que violam, que batem. Se é algo biológico, por que há tantos homens que não violam?”, questiona o antropólogo. “Aí está a brecha para se entender de onde vem o machismo. Eu trabalhei com homens violentos na cidade do México. E nosso desafio não é mudar sua biologia e sim seu pensamento”.
Os estudos de gênero devem se debruçar sobre as masculinidades?
É saudável, eu creio, pois vivemos em um mundo de mulheres e homens. Quando falamos de gênero, é muito comum pensar que estamos falando da mulher, mas se pensamos assim, estamos dizendo que os homens não tem gênero, não estão envolvidos em relações de gênero. Podemos entender melhor a questão de gênero ao estudarmos os homens. Isso não é dizer que para entender sobre as masculinidades, só vamos falar com homens. Também é muito necessário falar sobre os homens com mulheres.
O que faz o estudo da masculinidade?
Tratamos de entender as ideologias, as práticas os comportamentos, as relações entre homens e também entre homens e mulheres e questões de gênero. Ser pai é uma questão de gênero, ser mãe também. Pode ser que seja a mesma coisa ou que haja divisão de trabalhos. Há diferenças em muitas famílias, mas também estão havendo mudanças nas tarefas de pai e mãe. Hoje, há muitos pais com experiência em trocar fraldas, mas seus avós não tinham tanta experiência nisso. São mudanças que vão ocorrendo, inclusive em questões íntimas de família.
Nos Estados Unidos, a maioria dos que estudam os homens estudam os gays. Na América Latina sempre foi diferente: há estudos excelentes sobre gays, mas também há muitas feministas da Bolívia, Chile, Peru, Brasil e México que desempenharam um papel super importante nos estudos da masculinidade heterossexual. Se realmente queremos entender as relações de desigualdade que têm a ver com gênero, se realmente queremos mudar a situação, há a necessidade de estudar os homens e os incluir nos estudos feministas.
É claramente uma provocação. As mulheres também são animais, todos somos animais. O que isso quer dizer? Por exemplo, podemos falar de outros animais, como chimpanzés e patos. Há cientistas e biólogos que dizem que os patos violam as fêmeas. Eu digo que violação é uma relação social, é a imposição do poder do homem sobre a mulher. Então os patos e os chimpanzés não violam as fêmeas. Podemos falar em sexo forçado, algo assim, mas não é violação no sentido humano.
Superficialmente podemos falar do comportamento de outros animais e do comportamento humano e afirmar que somos todos animais. Mas não é assim entre os humanos porque podemos ver mudanças radicais na questão gay, por exemplo. Há 50 anos, o debate era outro na sociedade brasileira, no México, nos Estados Unidos. Agora é legal casar-se em alguns estados dos Estados Unidos. Como resultado da luta social, sobretudo de parte dos homossexuais, agora temos mudanças nas leis, nas atitudes sociais, não totalmente, claro, pois segue existindo a homofobia. Porém, não podemos ver mudanças da mesma maneira em outros animais.
Mas, se somos animais, em que somos? Ou seja, temos que fazer sexo para ter filhos, ok, isso é animal. Mas o sexo entre os humanos não é algo feito por instinto, enquanto que entre os chimpanzés e patos é por instinto.
De que forma o aspecto biológico é utilizado como desculpa para o comportamento machista dos homens?
Alguns homens dizem “assim sou, tenho minhas necessidades, você tem que aguentar, tem que aceitar, pois assim sou”. É uma atitude bastante machista. Muita gente nos Estados Unidos acha que o machismo é latino porque a palavra é espanhola, mas o problema é que há machismo na Rússia, França, África do Sul, México, Itália, Japão. Há atitudes sexistas dos homens que tem uma posição superior em relação à mulher e há uma relação entre machismo e violência. Podemos falar de violência doméstica, também de violência social. E, hoje em dia, a sociedade mais violenta do mundo é a dos Estados Unidos, não há outro país que faça invasões, e ocupações em outros países do mundo. Eu venho de uma sociedade machista nesse sentido, em nível de governo. Por isso, me incomoda quando eles dizem que o México é muito machista. Embora haja machos no México, claro.
Qual a relação entre a violência contra as mulheres e o argumento de violência por determinação biológica?
Há pensadores científicos que dizem que a violação é natural, é uma necessidade masculina física biológica, que não é por isso que temos que aceitá-la, mas há que reconhecer, que é algo que vem da natureza. Alega-se que os machos, os animais de todas as espécies, são assim. Ao se pensar assim, a violência contra a mulher, por exemplo a violação, teria que se desenvolver algumas maneiras de controlar a situação.
Porém, como esse comportamento não é resultado biológico e sim do machismo, de um pensamento de superioridade, de controlar, de poder etc., temos que mudar a sociedade, as ideias, o comportamento dos seres humanos. Não podemos sentar com animais e lhes dizer: “Por favor, não coma mais carne, ok? Não quero que coma mais ninguém por aqui. Por favor, leão, deixe de ser leão”. Isso não funciona, pois sua biologia é assim. Mas se os homens são assim, não podemos falar com eles, teríamos de prender todos. Mas todos os leões buscam carne para comer, sem exceção. Se não procuram, morrem.
Mas não são todos os homens que violam, que batem. Se é algo biológico, por que há tantos homens que não violam? Aí está a brecha para se entender de onde vem o machismo. Eu trabalhei com homens violentos na cidade do México. E nosso desafio não é mudar sua biologia e sim seu pensamento.
Em recente visita ao Brasil, Guttmann participou do I Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres, ocorrido em maio passado, em São Paulo e organizado pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Vladimir Herzog.
“Mas não são todos os homens que violam, que batem. Se é algo biológico, por que há tantos homens que não violam?”, questiona o antropólogo. “Aí está a brecha para se entender de onde vem o machismo. Eu trabalhei com homens violentos na cidade do México. E nosso desafio não é mudar sua biologia e sim seu pensamento”.
Os estudos de gênero devem se debruçar sobre as masculinidades?
É saudável, eu creio, pois vivemos em um mundo de mulheres e homens. Quando falamos de gênero, é muito comum pensar que estamos falando da mulher, mas se pensamos assim, estamos dizendo que os homens não tem gênero, não estão envolvidos em relações de gênero. Podemos entender melhor a questão de gênero ao estudarmos os homens. Isso não é dizer que para entender sobre as masculinidades, só vamos falar com homens. Também é muito necessário falar sobre os homens com mulheres.
O que faz o estudo da masculinidade?
Tratamos de entender as ideologias, as práticas os comportamentos, as relações entre homens e também entre homens e mulheres e questões de gênero. Ser pai é uma questão de gênero, ser mãe também. Pode ser que seja a mesma coisa ou que haja divisão de trabalhos. Há diferenças em muitas famílias, mas também estão havendo mudanças nas tarefas de pai e mãe. Hoje, há muitos pais com experiência em trocar fraldas, mas seus avós não tinham tanta experiência nisso. São mudanças que vão ocorrendo, inclusive em questões íntimas de família.
Nos Estados Unidos, a maioria dos que estudam os homens estudam os gays. Na América Latina sempre foi diferente: há estudos excelentes sobre gays, mas também há muitas feministas da Bolívia, Chile, Peru, Brasil e México que desempenharam um papel super importante nos estudos da masculinidade heterossexual. Se realmente queremos entender as relações de desigualdade que têm a ver com gênero, se realmente queremos mudar a situação, há a necessidade de estudar os homens e os incluir nos estudos feministas.
Muita gente nos Estados Unidos acha que o machismo é latino porque a palavra é espanhola, mas o problema é que há machismo na Rússia, França, África do Sul, México, Itália, Japão. Há atitudes sexistas dos homens que têm uma posição superior em relação à mulher e há uma relação entre machismo e violência.O título da sua apresentação durante o I Seminário Cultura de Violência contra as Mulheres foi “Os Homens são animais”. Por que?
É claramente uma provocação. As mulheres também são animais, todos somos animais. O que isso quer dizer? Por exemplo, podemos falar de outros animais, como chimpanzés e patos. Há cientistas e biólogos que dizem que os patos violam as fêmeas. Eu digo que violação é uma relação social, é a imposição do poder do homem sobre a mulher. Então os patos e os chimpanzés não violam as fêmeas. Podemos falar em sexo forçado, algo assim, mas não é violação no sentido humano.
Superficialmente podemos falar do comportamento de outros animais e do comportamento humano e afirmar que somos todos animais. Mas não é assim entre os humanos porque podemos ver mudanças radicais na questão gay, por exemplo. Há 50 anos, o debate era outro na sociedade brasileira, no México, nos Estados Unidos. Agora é legal casar-se em alguns estados dos Estados Unidos. Como resultado da luta social, sobretudo de parte dos homossexuais, agora temos mudanças nas leis, nas atitudes sociais, não totalmente, claro, pois segue existindo a homofobia. Porém, não podemos ver mudanças da mesma maneira em outros animais.
Mas, se somos animais, em que somos? Ou seja, temos que fazer sexo para ter filhos, ok, isso é animal. Mas o sexo entre os humanos não é algo feito por instinto, enquanto que entre os chimpanzés e patos é por instinto.
De que forma o aspecto biológico é utilizado como desculpa para o comportamento machista dos homens?
Alguns homens dizem “assim sou, tenho minhas necessidades, você tem que aguentar, tem que aceitar, pois assim sou”. É uma atitude bastante machista. Muita gente nos Estados Unidos acha que o machismo é latino porque a palavra é espanhola, mas o problema é que há machismo na Rússia, França, África do Sul, México, Itália, Japão. Há atitudes sexistas dos homens que tem uma posição superior em relação à mulher e há uma relação entre machismo e violência. Podemos falar de violência doméstica, também de violência social. E, hoje em dia, a sociedade mais violenta do mundo é a dos Estados Unidos, não há outro país que faça invasões, e ocupações em outros países do mundo. Eu venho de uma sociedade machista nesse sentido, em nível de governo. Por isso, me incomoda quando eles dizem que o México é muito machista. Embora haja machos no México, claro.
Qual a relação entre a violência contra as mulheres e o argumento de violência por determinação biológica?
Há pensadores científicos que dizem que a violação é natural, é uma necessidade masculina física biológica, que não é por isso que temos que aceitá-la, mas há que reconhecer, que é algo que vem da natureza. Alega-se que os machos, os animais de todas as espécies, são assim. Ao se pensar assim, a violência contra a mulher, por exemplo a violação, teria que se desenvolver algumas maneiras de controlar a situação.
Porém, como esse comportamento não é resultado biológico e sim do machismo, de um pensamento de superioridade, de controlar, de poder etc., temos que mudar a sociedade, as ideias, o comportamento dos seres humanos. Não podemos sentar com animais e lhes dizer: “Por favor, não coma mais carne, ok? Não quero que coma mais ninguém por aqui. Por favor, leão, deixe de ser leão”. Isso não funciona, pois sua biologia é assim. Mas se os homens são assim, não podemos falar com eles, teríamos de prender todos. Mas todos os leões buscam carne para comer, sem exceção. Se não procuram, morrem.
Mas não são todos os homens que violam, que batem. Se é algo biológico, por que há tantos homens que não violam? Aí está a brecha para se entender de onde vem o machismo. Eu trabalhei com homens violentos na cidade do México. E nosso desafio não é mudar sua biologia e sim seu pensamento.
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Os números do machismo no Brasil: pesquisa revela opinião de jovens entre 16 a 24 anos
96% dos jovens afirmam viver em uma sociedade machista
O jovem brasileiro é machista: cala, consente e reproduz um comportamento misógino. Ao menos é o que revela o resultado da pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 3 de dezembro, pelo Instituto Avon e Data Popular que entrevistou 2.046 jovens de 16 a 24 anos de todas as regiões do país – sendo 1.029 mulheres e 1.017 homens.Confira os números:
- 96% afirmam viver em uma sociedade machista
- 48% deles dizem achar errado a mulher sair sozinha com os amigos, sem a companhia do marido, namorado ou "ficante"
- 76% criticam aquelas que têm vários "ficantes"
- 80% afirmam que a mulher não deve ficar bêbada em festas ou baladas
O que elas dizem:
- 78% das jovens entrevistadas relatam já ter sofrido algum tipo de assédio como cantada ofensiva, abordagem violenta na balada e ser beijada à força. Três em cada dez garotas dizem ter sido assediadas fisicamente no transporte público.
- 53% delas dizem que já tiveram o celular vasculhado
- 40% que o parceiro controla o que fazem, onde e com quem estão
- 35% relatam que foram xingadas pelo namorado; 33%, impedidas de usar determinada roupa.
- 9% contam que já foram obrigadas a fazer sexo quando não estavam com vontade
- 37% que já tiveram relação sexual sem camisinha por insistência do parceiro.
- 32% das jovens relatam que tiveram de excluir algum amigo do Facebook a pedido do parceiro
- 30% dizem que tiveram e-mail ou perfil de rede social invadido pelo namorado e 28%
- 15% das jovens dizem que foram obrigadas a revelar para os namorados suas senhas de e-mail e Facebook
- 2% que receberam ameaça de cibervingança – a divulgação de fotos ou vídeos íntimos.
Além dos dados apresentados, a pesquisa ainda mostra que 42% das mulheres reprovam uma mulher que fique com muitos homens. 43% dos garotos categorizam mulheres para namorar ou para ficar.
Leia Mais
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O que é Machismo:
Machismo é o comportamento, expresso por opiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e deveres entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o sexo masculino sobre o feminino. O machista é o indivíduo que exerce o machismo.A ideologia do machismo está impregnada nas raízes culturais da sociedade há séculos, tanto no sistema econômico e político mundial, como nas religiões, na mídia e no núcleo família, este último apoiado em um regime patriarcal, onde a figura masculina representa a liderança.
Neste cenário, a mulher encontra-se num estado de submissão ao homem, perdendo o seu direito de livre expressão ou sendo forçada pela sociedade machista a servir e assistir as vontades do marido ou do pai, caracterizando um tradicional regime patriarcal.
Saiba mais sobre o significado de Submissão.
O ideal machista divide o mundo em "o que é feminino" e "o que é masculino", como profissões, trejeitos, expressões, manifestações, comportamentos, emoções e etc. De acordo com a convenção social do machismo, o homem deve seguir o estereótipo masculino, enquanto que a mulher deverá agir segundo o que foi pré-definido como feminino.
Não são apenas as mulheres que sofrem com o machismo, como forma de preconceito. Os homens homossexuais, ou mesmo os heterossexuais que se classificam como metrossexuais, por exemplo, também são alvos de exclusão na sociedade machista.
Quando um homem foge às ditas "regras da masculinidade", já pode ser enquadrado como alvo de preconceito em uma sociedade machista.
Saiba mais sobre o significado de Metrossexual.
Na mídia moderna, o machismo aparece quando a figura da mulher é apresentada como um "objeto sexual", de satisfação e prazer para os homens, com o intuito de venda.
Numa conotação informal, o machismo ainda pode significar o ato de ser macho, másculo ou um excesso exagerado de macheza e virilidade.
Feminismo
O feminismo é um movimento social, filosófico e político que tem o ideal contrário ao do machismo, pois luta pela igualdade de direitos e deveres entre os homens e as mulheres.Graças às reivindicações feministas, as mulheres conquistaram durante o século XX direitos que antes eram garantidos apenas para os homens, como o divórcio, o voto em eleições, concorrer a cargos do governo, entre outros.
O movimento feminista tem como principal objetivo desconstruir o discurso enraizado na sociedade contemporânea do machismo, conscientizando as pessoas sobre a ausência de diferenças entre os gêneros.
Machismo no Brasil
A cultura do machismo está fortemente presente no Brasil, em grande parte dentro dos grupos mais jovens. De acordo com pesquisa feita em 2013 através do instituto Data Popular, 96% dos jovens brasileiros, entre 16 e 24 anos, afirmam que a sociedade brasileira ainda é extremamente machista.terça-feira, 20 de outubro de 2015
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Trabalho Identidade Brasileira
6°Ano- Lucah, Vitor, Luan, Lourenço
Identidade Brasileira
Índios
Conceito
Etnia e
um grupo de pessoas que são diferenciadas por sua cultura (pele, cabelo, religião, formas de agir e etc.)
Raça é
uma forma de definir diferentes
populações de uma mesma espécie biológica Levando
em consideração pele,
cabelo, religião, formas de agir e
etc.
A historia da formação do povo Brasileiro
A história nos conta que o povo brasileiro foi
formado a partir de misturas de grupos étnicos (raças). O Brasil é um país de
grande mistura de povos, ou seja, é um
país que tem muitos casamentos entre as várias etnias.
Começou com a chegada dos portugueses. Por causa da
colonização, misturou-se o sangue dos portugueses com os índios, que já estavam
aqui antes do descobrimento do Brasil.
Mais tarde, negros foram trazidos da África à força
pelos portugueses para trabalharem como escravos no Brasil.
A mistura dessas três etnias deu origem à formação
do povo brasileiro: índios, brancos e negros.
Da mistura desses povos surgiram os mestiços: o
mulato, o caboclo e o cafuzo.
Branco com negro deu origem ao MULATO.
Índio com Branco deu origem ao CABOCLO.
Negro com índio deu origem ao CAFUZO.
FOTO REFERÊNCIA DE DESCENDENTE DE INDÍGENA E MUSICA QUE FAZ REFERENCIA AO ÍNDIO
Note no pé amarelado (pé amarelado é de Índio)
(Robinson)
(®031N80N)
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Jane´s Addiction - Jane Says
Scorpions - Wind Of Change
terça-feira, 6 de outubro de 2015
O que é Raça?
Na antropologia, eram utilizadas várias classificações de grupos humanos, conhecidos como "raças humanas", mas desde que começou-se a usar os métodos genéticos para estudar populações humanas, essas classificações e o próprio conceito de raças humanas deixaram de ser utilizados, persistindo o uso do termo apenas na política.
Raça humana é normalmente uma classificação de ordem social, onde a cor da pele e origem social ganham sentidos, valores e significados distintos.
As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, conformação facial e cranial, ancestralidade e, em algumas culturas, genética. Entre as mais populares está a raça negra, a raça branca (caucasiana), a raça indígena e etc.
Algumas vezes utiliza-se o termo raça para identificar um grupo cultural ou étnico-linguístico, sem quaisquer relações com um padrão biológico, e nesses casos pode-se utilizar termos como população, etnia, ou mesmo cultura.
O termo "raça" ainda é aceito normalmente para designar as variedades de animais domésticos e animais de criação como o gado. É muito comum falar-se das raças de cães ou de outros animais.
A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO
A história nos conta
que o povo brasileiro foi formado a partir de misturas de grupos étnicos (raças).
O Brasil é um país de
grande miscigenação (mistura de
povos), ou seja, é um país que tem muitos casamentos entre as várias etnias.
Tudo começou no
século XVI, com a chegada dos brancos, mais precisamente dos portugueses. Com a colonização (pessoas vindo morar no país), misturou-se o sangue dos
portugueses com os índios, que já estavam aqui antes do
descobrimento do Brasil.
Mais tarde, os negros foram trazidos da África à força
pelos portugueses para trabalharem
como escravos no cultivo da
cana-de-açúcar.
Pode-se dizer que a
mistura dessas três etnias deu origem à formação do povo brasileiro:
índios, brancos e negros.
Da mistura desses
povos surgiram os mestiços: o mulato, o caboclo e o cafuzo.
Branco com negro deu
origem ao MULATO.
Índio com Branco deu
origem ao CABOCLO.
Negro com índio deu
origem ao CAFUZO.
Com o passar dos
séculos chegaram outros imigrantes
(pessoas que vêm de outros países), vindos das mais variadas regiões da Terra.
Esses outros povos
que chegavam se misturavam entre si e também com os povos que aqui já estavam.
E essa miscigenação pode ser observada no rosto, no corpo, nos hábitos, nas
crenças e nos valores de cada brasileiro. Não somos um povo idêntico, com
características semelhantes, pois somos resultado da miscigenação, mistura de
várias etnias.
Por isso, a maioria
da população hoje é mestiça.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
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