quinta-feira, 25 de junho de 2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
Feminismo para leigos
É comum escutar: "Não sou feminista, sou feminina";
"Não sou feminista e
nem machista".
Mas será que você sabe o que é feminismo? Descubra.
Por
Clara Averbuck
É assustadora a quantidade de gente que não sabe o que é feminismo. Ninguém tem a obrigação de saber, é claro, mas a partir do momento em que você decide opinar sobre um assunto, é de bom tom saber do que se trata. As pessoas são "contra" o feminismo sem sequer saber o que significa.
É comum escutar:
"Não sou feminista, sou feminina",
"Não sou feminista e nem machista",
"Não sou feminista e nem machista, sou humanista",
"Não sou feminista, acho que todos deveriam ser tratados igualmente e ter os mesmos direitos".
Bom, vamos lá.
Feminismo não prega ódio, feminismo não prega a dominação das mulheres sobre os homens. Feminismo clama por igualdade, pelo fim da dominação de um gênero sobre outro. Feminismo não é o contrário de machismo. Machismo é um sistema de dominação. Feminismo é uma luta por direitos iguais.
Então se você diz "não sou feminista, acho que todos deveriam ser tratados igualmente e ter os mesmos direitos" você está dizendo, exatamente: "não sou feminista, mas sou feminista". E se você se diz humanista, bom, acredito que saiba então que o humanismo é uma filosofia moral baseada na razão humana e na ética, que coloca o ser humano acima do sobrenatural, de deuses, de dogmas religiosos, da pseudociência e das superstições e que não tem nada a ver com o assunto.
Existe essa grande falha lógica que é o sujeito achar que você tem que ser contra uma coisa pra ser a favor de outra; neste caso, "contra" os homens para ser "a favor" das mulheres. O feminismo não luta contra os homens, e sim contra o supracitado sistema de dominação, que, veja só, privilegia os homens e foi criado por... homens. Fica clara a diferença entre lutar contra um sistema e lutar contra todo um gênero?
Feminismo não tem nada a ver com deixar de usar batom, salto ou dar de quatro. Ninguém vai confiscar sua carteirinha de feminista se você usar rímel. Mas te abre para a possibilidade de só usar maquiagem quando quiser, não porque tem que obrigatoriamente estar impecável e linda todos os dias a enfeitar o mundo.
Feminismo não tem nada a ver com ser inimiga dos homens. É claro que existem feministas que não os toleram, mas até aí, existem mulheres que não são feministas e também odeiam homens, né? E você não é obrigada a ser uma delas.
Feminismo não tem nada a ver com esconder o corpo; muito pelo contrário, exigimos o direito de andar com a roupa que bem entendermos sem assédio ou constrangimentos. Taí a Marcha das Vadias que não me deixa mentir.
Feminismo não tem nada a ver com não ter filhos, e sim com a escolha de como e quando esses filhos virão, e se virão.
Feminismo não tem nada a ver com não ser feminina. E nem com ser.
Feminismo tem a ver com liberdade, com eu, você, elas e eles podermos todos viver e ser sem ninguém dando pitaco em como devemos nos portar, como devemos nos vestir, o que devemos dizer, do que devemos fazer com nossos corpos.
Outra coisa importante: nem todas as feministas estão de acordo a respeito de todos os tópicos. Cada um constrói seu feminismo. Como disse a Tavi Gevinson, a jovem editora da RookieMag, em uma palestra do TEDxTeen, o feminismo não é um livro de regras, mas uma discussão, uma conversa, um processo. E cada um tem o seu. Feminismo, caros, não é uma seita que reprime e excomunga quem quebra seus preceitos.
Vale sempre lembrar que o mundo machista também faz mal aos homens com esse negócio de que eles têm que ser os provedores, que eles têm que ser durões, que não podem chorar, que não podem demonstrar nenhuma característica atribuída ao feminino porque isso é considerado uma fraqueza - já que as mulheres são consideradas mais fracas, logo, inferiores. Gay é "xingamento" porque ser gay é ser um homem mulherzinha. Chega de reproduzir conceitos sem sequer parar para pensar neles.
Há um teste simples pra saber se você é uma pessoa que se identifica com o feminismo.
1. Você concorda que uma mulher deve receber o mesmo valor que um homem para realizar o mesmo trabalho?
2. Você concorda que mulheres devem ter direito a votarem e serem votadas?
3. Você concorda que mulheres devem ser as únicas responsáveis pela escolha da profissão, e que essa decisão não pode ser imposta pelo Estado, pela escola nem pela família?<
4. Você concorda que mulheres devem receber a mesma educação escolar que os homens?
5. Você concorda que cuidar das crianças seja uma obrigação de ambos os pais?<
6. você concorda que mulheres devem ter autonomia para gerir seu dinheiro e seus bens?
7. Você concorda que mulheres devem escolher se, e quando, se tornarão mães?
8. Você concorda que uma mulher não pode sofrer violência física ou psicológica por se recusar a fazer sexo ou a obedecer ao pai ou marido?
9. Você concorda que atividades domésticas são de responsabilidade dos moradores da casa, sejam eles homens ou mulheres?
10. você concorda que mulheres não podem ser espancadas ou mortas por não quererem continuar em um relacionamento afetivo?
Respondeu sim pra tudo?
Está confortável na cadeira?
Você é pró-feminismo, ou até... Feminista! Uau!
Você não precisa ser ativista para ser feminista. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Se você acredita na igualdade de direitos entre homens e mulheres, você é feminista.
As pessoas confundem feminismo com um monte de coisas. As pessoas têm medo da palavra FEMINISMO.
Feminismo. Feminista. Feminismo. Feminista. FE-MI-NIS-MO.
Feminismo é sobre liberdade.
E é difícil ser realmente livre neste mundo.
Fonte: Carta Capital
A questão de gênero no Brasil
Feminismo no Brasil
O feminismo brasileiro avançou, nessas três últimas décadas, a passos
consideráveis na conquista da cidadania feminina, garantindo direitos
constitucionais e novos espaços de atuação. Vem contribuindo, também, e
com muito peso, para mudanças nos valores e atitudes referentes ao
acesso das mulheres ao ensino superior, à conquista da independência
econômica, ao direito a uma vida sem violência e à autonomia sobre o
corpo – valores hoje expressos por muitas brasileiras, que não se
reconhecem necessariamente como “feministas”.
Uma pesquisa nacional, realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2001, por exemplo, revelou que enquanto apenas 28% das entrevistadas se identificaram como “feministas”, 90% do total reconheceram a existência do machismo na sociedade brasileira, como o poder dos homens sobre as mulheres e seus efeitos nocivos. As respondentes também demonstraram percepções bastante realistas sobre a condição das mulheres em nossa sociedade. A grande maioria (65%) afirmou que a vida das brasileiras melhorou muito nos últimos vinte, trinta anos. Elas definiram que “ser mulher”, hoje, significa poder entrar no mercado de trabalho e ganhar independência econômica; e ter autonomia para tomar decisões e agir de acordo com seus desejos. Reconheceram, também, que as brasileiras conquistaram importantes direitos, pelo menos formalmente, embora ainda precisem lidar com a dupla jornada de trabalho, a maior responsabilidade em relação aos filhos, e com o tremendo peso da violência doméstica. Quer dizer, elas estão conscientes dos avanços e do que ainda é preciso conquistar. Parece mesmo que, apesar do preconceito que aqui ainda vigora em relação às feministas, as brasileiras estão “chegando para o feminismo”.
É bom observar que o feminismo no País também vem se modificando substancialmente nas últimas décadas. Aliás, diversificou-se tanto a ponto de ser necessário falarmos hoje de “feminismos”. Assim mesmo, no plural. Deixou de ser um movimento basicamente de mulheres brancas, de classe média, para incorporar brasileiras de diferentes setores da sociedade. Com elas, vieram novas demandas.
A Plataforma Política Feminista de 2002, formulada por diferentes organizações feministas no País, reflete essas transformações. De igual maneira, os Planos Nacionais de Políticas para Mulheres (PNPMs), também resultantes de conferências nacionais (realizadas em 2004 e 2007), incorporaram novas demandas das mulheres. Essas conferências mobilizaram mais de 300.000 brasileiras por todo o território nacional em eventos municipais e estaduais. Mulheres militantes em diferentes movimentos sociais, ao lado de delegadas de governo, estiveram presentes nessas conferências e formularam as diretrizes para os PNPMs. Elas trazem a marca dos nossos feminismos: reconhecem a diversidade entre as mulheres e combatem as desigualdades, no enfrentamento ao sexismo, ao racismo, ao etarismo, à homofobia, à lesbofobia e às desigualdades de classe reinantes na sociedade.
Até nosso “feminismo de Estado”, representado pelos conselhos, coordenadorias e secretarias de políticas para mulheres, é hoje bem mais participativo que em outros países. Forja seus planos e leva-os adiante a partir de consultas democráticas. Por isso, as posições defendidas pelo Brasil nas conferências mundiais estão agora na “vanguarda” – a exemplo do que ocorreu na IV Conferência Mundial da Mulher em Beijing, na China, em 1995, quando nossa delegação defendeu a inclusão, nos documentos finais, dos direitos reprodutivos (ou seja, os de decidir sobre o próprio corpo). Pena que o sucesso foi maior lá fora do que aqui no Brasil em relação a isso…
Por certo, nossa cultura machista ainda opera como entrave. Mas, em qualquer país, a luta cultural faz parte das estratégias feministas. Trata-se de um dos empenhos mais difíceis, porque toca no que sociólogos chamam de “poder simbólico” – o poder sobre os significados. Decerto, não foi por acaso que levamos mais de três décadas tentando, primeiro, visibilizar, para depois criminalizar a violência doméstica praticada em mulheres. Para avançarmos do “em briga de homem e mulher, ninguém mete a colher” para o “quem ama não mata”, travamos uma batalha que implica mudança de significados – uma mudança cultural sobre o poder do macho e as relações familiares.
O enfrentamento à violência é, sem dúvida, a principal atribuição do feminismo no mundo hoje. Porque esse tipo de violência é transnacional: atinge mulheres de todos os países, a despeito da classe, raça, idade, geração ou religião. Figura, portanto, como uma das principais questões tratadas pelos órgãos da ONU empenhados no avanço das requisições feministas.
No Brasil, a passagem da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, representou um relevante avanço no combate à violência de gênero. A população brasileira conhece e apoia essa legislação. Mas o OBSERVE (Observatório de Implementação da Lei Maria da Penha) – instância autônoma da sociedade civil que acompanha esse processo – tem alertado para as inúmeras dificuldades que se interpõem à aplicação da nova lei, a começar pela resistência do Judiciário em criar os juizados especiais de combate à violência doméstica praticada em mulheres, e exigidos pela Lei Maria da Penha.
A legalização do aborto como um direito sobre o corpo é outra importante bandeira dos movimentos feministas. No Brasil, desde 1940, ele só é permitido se a gravidez resultar de estupro ou se implicar risco de vida para a mãe. No entanto, mais de um milhão de abortos são feitos por ano, a maior parte em situação ilegal e condições perigosas, trazendo complicações que elevam os índices de mortalidade materna e resultam em gastos significativos para o Estado. Quem mais sofre são as mulheres pobres, jovens, negras em especial, que pagam com suas vidas pela hipocrisia da sociedade.
Sem dúvida, se tivéssemos maior representatividade de feministas nas instâncias e espaços decisórios, já teríamos conquistado esse direito. Por isso, a luta por paridade nos cargos eletivos é também um de nossos principais desafios. Um país em que as mulheres representam mais de 51% dos eleitores, mas menos de 10% dos legisladores, necessita de uma reforma política que garanta ao menos a paridade entre homens e mulheres no Congresso.
Além disso, há muito nos ressentimos de uma candidatura feminina para a presidência, que possa, de fato, levar adiante nossas propostas. Porque não basta apenas “ser mulher”, é preciso que essa mulher reconheça a legitimidade de nossas bandeiras de luta e dê continuidade às nossas propostas.
Fonte: Revista Brasileiros
Ao falar sobre o feminismo no Brasil,
devemos inicialmente falar sobre a situação da mulher em nossa
sociedade. Durante vários séculos, as mulheres estiveram relegadas ao
ambiente doméstico e subalternas ao poder das figuras do pai e do
marido. Quando chegavam a se expor ao público, o faziam acompanhadas e
geralmente se dirigiam para o interior das igrejas. A limitação do ir e
do vir era a mais clara manifestação do lugar ocupado pelo feminino.
A transformação desse papel recluso
passou a experimentar suas primeiras transformações no século XIX,
quando o governo imperial reconheceu a necessidade de educação da
população feminina. No final desse mesmo período, algumas publicações
abordavam essa relação entre a mulher e a educação, mas sem pensar em um
projeto amplo a todas as mulheres. O conhecimento não passava de
instrumento de reconhecimento das mulheres provenientes das classes mais
abastadas.
Chegando até essa época, as aspirações
pelo saber existiam, mas não possuíam o interesse de subverter ou
questionar a ordem imposta pelo mundo dos homens. No século XX, os
papéis desempenhados pela mulher se ampliaram quando algumas destas se
inseriram em uma sociedade industrial, onde assumiram uma gama diversa
de postos de trabalho. Apesar disso, a esfera da mulher ligada ao lar
continuava a ter sua força hegemônica.
Aqui tínhamos uma diversificação dos
feminismos que iam da tendência bem comportada até o feminismo mais
incisivo. Nesse quadro, observamos a mobilização de mulheres que exigiam
o seu direito à cidadania sem questionar os outros papéis subalternos
assumidos pelas mesmas. Na outra extremidade, vemos mulheres que
reivindicam sua ampliação na vida pública, a defesa irrestrita do
movimento dos trabalhadores e a consolidação dos princípios de lutas
comunistas.
Entre as décadas de 1930 e 1960, as
manifestações feministas oscilavam mediante as mudanças desenvolvidas no
cenário político nacional. Em 1934, o voto feminino fora reconhecido
pelo governo de Getúlio Vargas. Já em 1937, os ideais corporativistas do
Estado Novo impediram a expressão de movimentos de luta e contestação
de homens e mulheres. Nos anos de 1950, a redemocratização permitira a
flexibilização da exigência que condicionava o trabalho feminino à
autorização marital.
A revolução dos costumes engendrada na
década de 1960 abriu caminho para que o feminismo se tornasse um
movimento de maior força e combatividade. Mesmo sob o contexto da
ditadura, as mulheres passaram a se organizar para questionarem mais
profundamente seu papel assumido na sociedade. A problemática dos
padrões de comportamento passou a andar de mãos dadas com os ideias de
esquerda que inspiravam várias participantes desse momento.
Vale aqui ressaltar que a luta pela
equidade entre os gêneros acabou criando dilemas significativos em
relação à mulher feminista. Lutar pelos direitos da mulher, em muitos
momentos, parecia ser a demonstração que a mulher poderia simplesmente
assumir os mesmos lugares e comportamentos antes privados ao mundo
masculino. Dessa forma, a subjetividade feminina era deixada de lado
para favorecer um ideal de que a “verdadeira feminista” deveria ser
combativa e, ao mesmo tempo, embrutecida.
Quando atingimos o processo de
redemocratização do país, observamos que o feminismo passou por uma
reorganização contrária a uma tendência unificadora. Uma espécie de
“feminismo temático” apareceu em instituições que tratavam de demandas
específicas da mulher. Em certo sentido, o feminismo tomava para si não
só a participação na esfera política, mas também se desdobrava no debate
de questões e problemas de ordem mais concreta e imediata.
Dessa forma, chegamos à atualidade vendo
que a ação feminista não mais se comporta apenas na formação de
movimentos organizados. Sendo assim, a intenção de se pensar sobre as
necessidades da mulher não mais atravessa a dificuldade de se criar um
projeto amplo e universalista. Entre as grandes e pequenas demandas, as
mulheres observam que a conquista de sua emancipação abre portas para a
compreensão e a resolução de outros novos desafios.
Fonte: BrasilEscola
---
Feminismo no Brasil: atual e atuante
Uma pesquisa nacional, realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2001, por exemplo, revelou que enquanto apenas 28% das entrevistadas se identificaram como “feministas”, 90% do total reconheceram a existência do machismo na sociedade brasileira, como o poder dos homens sobre as mulheres e seus efeitos nocivos. As respondentes também demonstraram percepções bastante realistas sobre a condição das mulheres em nossa sociedade. A grande maioria (65%) afirmou que a vida das brasileiras melhorou muito nos últimos vinte, trinta anos. Elas definiram que “ser mulher”, hoje, significa poder entrar no mercado de trabalho e ganhar independência econômica; e ter autonomia para tomar decisões e agir de acordo com seus desejos. Reconheceram, também, que as brasileiras conquistaram importantes direitos, pelo menos formalmente, embora ainda precisem lidar com a dupla jornada de trabalho, a maior responsabilidade em relação aos filhos, e com o tremendo peso da violência doméstica. Quer dizer, elas estão conscientes dos avanços e do que ainda é preciso conquistar. Parece mesmo que, apesar do preconceito que aqui ainda vigora em relação às feministas, as brasileiras estão “chegando para o feminismo”.
É bom observar que o feminismo no País também vem se modificando substancialmente nas últimas décadas. Aliás, diversificou-se tanto a ponto de ser necessário falarmos hoje de “feminismos”. Assim mesmo, no plural. Deixou de ser um movimento basicamente de mulheres brancas, de classe média, para incorporar brasileiras de diferentes setores da sociedade. Com elas, vieram novas demandas.
A Plataforma Política Feminista de 2002, formulada por diferentes organizações feministas no País, reflete essas transformações. De igual maneira, os Planos Nacionais de Políticas para Mulheres (PNPMs), também resultantes de conferências nacionais (realizadas em 2004 e 2007), incorporaram novas demandas das mulheres. Essas conferências mobilizaram mais de 300.000 brasileiras por todo o território nacional em eventos municipais e estaduais. Mulheres militantes em diferentes movimentos sociais, ao lado de delegadas de governo, estiveram presentes nessas conferências e formularam as diretrizes para os PNPMs. Elas trazem a marca dos nossos feminismos: reconhecem a diversidade entre as mulheres e combatem as desigualdades, no enfrentamento ao sexismo, ao racismo, ao etarismo, à homofobia, à lesbofobia e às desigualdades de classe reinantes na sociedade.
Até nosso “feminismo de Estado”, representado pelos conselhos, coordenadorias e secretarias de políticas para mulheres, é hoje bem mais participativo que em outros países. Forja seus planos e leva-os adiante a partir de consultas democráticas. Por isso, as posições defendidas pelo Brasil nas conferências mundiais estão agora na “vanguarda” – a exemplo do que ocorreu na IV Conferência Mundial da Mulher em Beijing, na China, em 1995, quando nossa delegação defendeu a inclusão, nos documentos finais, dos direitos reprodutivos (ou seja, os de decidir sobre o próprio corpo). Pena que o sucesso foi maior lá fora do que aqui no Brasil em relação a isso…
Por certo, nossa cultura machista ainda opera como entrave. Mas, em qualquer país, a luta cultural faz parte das estratégias feministas. Trata-se de um dos empenhos mais difíceis, porque toca no que sociólogos chamam de “poder simbólico” – o poder sobre os significados. Decerto, não foi por acaso que levamos mais de três décadas tentando, primeiro, visibilizar, para depois criminalizar a violência doméstica praticada em mulheres. Para avançarmos do “em briga de homem e mulher, ninguém mete a colher” para o “quem ama não mata”, travamos uma batalha que implica mudança de significados – uma mudança cultural sobre o poder do macho e as relações familiares.
O enfrentamento à violência é, sem dúvida, a principal atribuição do feminismo no mundo hoje. Porque esse tipo de violência é transnacional: atinge mulheres de todos os países, a despeito da classe, raça, idade, geração ou religião. Figura, portanto, como uma das principais questões tratadas pelos órgãos da ONU empenhados no avanço das requisições feministas.
No Brasil, a passagem da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, representou um relevante avanço no combate à violência de gênero. A população brasileira conhece e apoia essa legislação. Mas o OBSERVE (Observatório de Implementação da Lei Maria da Penha) – instância autônoma da sociedade civil que acompanha esse processo – tem alertado para as inúmeras dificuldades que se interpõem à aplicação da nova lei, a começar pela resistência do Judiciário em criar os juizados especiais de combate à violência doméstica praticada em mulheres, e exigidos pela Lei Maria da Penha.
A legalização do aborto como um direito sobre o corpo é outra importante bandeira dos movimentos feministas. No Brasil, desde 1940, ele só é permitido se a gravidez resultar de estupro ou se implicar risco de vida para a mãe. No entanto, mais de um milhão de abortos são feitos por ano, a maior parte em situação ilegal e condições perigosas, trazendo complicações que elevam os índices de mortalidade materna e resultam em gastos significativos para o Estado. Quem mais sofre são as mulheres pobres, jovens, negras em especial, que pagam com suas vidas pela hipocrisia da sociedade.
Sem dúvida, se tivéssemos maior representatividade de feministas nas instâncias e espaços decisórios, já teríamos conquistado esse direito. Por isso, a luta por paridade nos cargos eletivos é também um de nossos principais desafios. Um país em que as mulheres representam mais de 51% dos eleitores, mas menos de 10% dos legisladores, necessita de uma reforma política que garanta ao menos a paridade entre homens e mulheres no Congresso.
Além disso, há muito nos ressentimos de uma candidatura feminina para a presidência, que possa, de fato, levar adiante nossas propostas. Porque não basta apenas “ser mulher”, é preciso que essa mulher reconheça a legitimidade de nossas bandeiras de luta e dê continuidade às nossas propostas.
Fonte: Revista Brasileiros
Starman - O astronauta de mármore
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Minha Identidade
"A sua identidade não é algo que você conheça mas sim algo infinito que se constrói durante a vida" eu mesmo
Pra quem não conhece esse é o símbolo do homúnculos no anime full metal alchemist e significa o poder infinito
Ian Pires 9° ano
Pra quem não conhece esse é o símbolo do homúnculos no anime full metal alchemist e significa o poder infinito
Ian Pires 9° ano
Bullying
Bullying
é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma
intencional e continuada, de um individuo, ou grupo contra outro(s)
individuo(s), ou grupo(s), sem motivo claro.
A palavra “Bullying” é de origem inglesa.
No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito.
Atualmente o Bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com conseqüências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores.
As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão.
Entre os meninos, os ataques mais comuns são as físicas. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vítimas.
Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal estar.
As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de 5ª e 6ª série.
Tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida.
O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação.
Os casos de agressão, que acontecem por um período maior devem ser encaminhadas para atendimento psicológico.
No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito.
Atualmente o Bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com conseqüências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores.
As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão.
Entre os meninos, os ataques mais comuns são as físicas. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vítimas.
Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal estar.
As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de 5ª e 6ª série.
Tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida.
O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação.
Os casos de agressão, que acontecem por um período maior devem ser encaminhadas para atendimento psicológico.
6º ano
---
Bullying é um
termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as
formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e
repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um
ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar
ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se
defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou
poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto,
sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como
característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme
o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da
violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial,
podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas
interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode
ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência
de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus
alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo
de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de
pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na
grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão
de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço
escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying,
o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados
negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem
se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a
adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive,
contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá
tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente
são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias
desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros
tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores
geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação
ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte
sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são
comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com
maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem
princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e
ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a
outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode
também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista
que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por
atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
7º ano
---
Vários - I Believe In Miracles
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Cicada 3301
A cicada 3301 apareceu repentinamente nas redes sociais dizendo que estava contratando pessoas inteligentes para servi la e no final colocou '3301'.Pessoas do mundo inteiro souberam dessa postagem e tentaram decifrar.Ao longo do tempo as pessoas foram desistindo pensando que era brincadeira,mais algumas pessoas conseguiram decifrar multiplicando a área da mensagem por 3301 e isso foi virando uma bola de neve sem fim de enigmas e desafios.Ate as primeiras 200 pessoas receberam um e mail que estavam contratadas e depois disso desapareceram.Foi o maior enigma e polemica da internet.
Para mais informações veja: https://www.youtube.com/watch?v=IihA748sSU0
Para mais informações veja: https://www.youtube.com/watch?v=IihA748sSU0
terça-feira, 16 de junho de 2015
Herói e Vilão
"É estranho mais é melhor ser um Vilão lembrado, que um Herói esquecido!!"
Morpheu LymaCamila Sabino
sexta-feira, 12 de junho de 2015
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Amizade e Respeito
"Com amizade ou não temos que respeitar a todos, dos mais ricos e famosos aos mais pobres e miseráveis."
Gil soares 9º ano
Amizade e Respeito
Herói e Vilão
"Every villain is a hero in his own mind." -Tom Hiddleston
(Todo vilão é um herói em sua própria mente)
minha identidade
"Se as pessoas dizem o que faço, por que elas não me mandam ser eu?"
Sofia Rocha Sartorello
Quem sou eu?
"se você apagasse todos os erros do seu passado,você apagaria toda a sabedoria do seu presente"
Minha identidade
``A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo``
Albert EinsteinLuiz Felipe Lociks
Heroi e Vilão
Amizade e respeito.
Amizade e respeito são como nuvem e chuva.Não há chuva sem nuvem, mas há nuvem sem chuva.
Raquel M. Riboldi
8º ano
Raquel M. Riboldi
8º ano
Quem sou eu?
"Quem sou eu sem meu Cavalo? O que será dele sem mim?" - Ana Carolina
FELIPE DE MATOS TOSCANO
foto: Fernanda Matos
Heroi e Vilão
O heroi se caracteriza por representar o lado "bom". E o vilão representa o lado "ruim"
Entao me pergunto: quem dita e inluencia nossas opiniões sobre o que é bom (certo) e o que é ruim (errado)???
Gabriel Fiuza 9º ano
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Herói e Vilão- Pedro Velho 8° ano
Herói e Vilão- Pedro Velho 8° ano
Um herói é alguém que defende uma ideia especifica e um vilão é alguem que se opõe a esta, sendo assim todo vilão é um herói para aqueles que concordam com ele.
Herói e vilão
"Ser vilão nem sempre é querer o mal. Mas sim ter um pensamento diferente dos que acham estar fazendo o bem"
Michelle Braga
Michelle Braga
Amizade e respeito
" O respeito é o fundamento de tudo, com ele conquistamos qualquer coisa, como liberdade e ate mesmo amizade, uma amizade que tem respeito gera confiança e uma infinidade de coisas boas."
Clara Oliveira Neri
Amizade e respeito
Amigo é aquele que nos ajuda nas horas difíceis;amigo é aquele que você pode confiar; que aceita as diferenças;amigo é aquele que te respeita;amigo é aquele que sempre te faz melhor.
Preserve suas amizades que sua vida sera muito melhor com elas.
AMIGO SEMPRE ESTARÁ DO SEU LADO!
Quem sou eu?
Assim como o mundo, considero-me uma eterna incógnita... Não sei quem sou, nem aonde estou e muito menos para onde vou... Sigo assim, sem saber nada ao certo, enfrentando, ao mesmo tempo, "tempestades" e "dias de sol", mas, principalmente, observando um "mar" de possibilidades bem a minha frente...
Manuela Coelho Amin Ferraz
Quem sou eu?
Sou uma leitora, uma escritora, uma atriz, uma amiga, uma filha, uma pessoa... apenas mais uma nesse mundo? sim mas a unica de mim...
Olga Mesquita
Herói e Vilão
Heroína ou vilã, ou qualquer coisa entre as duas,
O que nos importa agora é que somos os protagonistas de nossas próprias histórias.
"Não é "você", e não é "eles"-É só a vida." (de um filme imaginário)
Amizade e respeito-referência:8* ano
Amizade e respeito são como nuvem e chuva.Não há chuva sem nuvem,mas a nuvem sem chuva.
Quem sou eu?
"A vida é cheia de decisões que alteram constantemente quem somos, então quando eu me pergunto quem sou eu, sou o que pergunta ou o que não sabe a resposta?"
José Araújo
Herói e Vilão
A maioria não me conhece de verdade, eu não me conheço de verdade. Herói ou vilão, eis a questão
Giovanna R. da Paz
Giovanna R. da Paz
Amizade e Respeito
Tem dia que a
gente põe vírgula; tem dia que colocamos reticências; tem dia que colocamos
ponto final e tem dia que temos a necessidade de virar a página...
Mas outro dia, precisamos
voltar e ler o que já lemos, pois a mesma pode ter significados
diferentes em cada momento de nossas vidas...
Lucas Pio
Lucas Pio
Minha Identidade
"Ninguém pode ser escravo de sua identidade: quando surge uma possibilidade de mudança, é preciso mudar."
Assinar:
Postagens (Atom)