quinta-feira, 19 de março de 2015

certo e errado

O que é certo e errado

Vários filósofos escreveram ensaios sobre o que é certo e errado sob a perspectiva da ética. Apesar de várias tentativas, os pensadores nunca conseguiram definir com sucesso as diferenças entre o certo e o errado, uma vez que essa análise é subjetiva e depende da avaliação pessoal de cada cidadão.

No entanto, a maioria dos filósofos afirma que o tempo é responsável por determinar o que é certo ou errado. Para a filosofia, essa discussão deve ser feita com base em experiências do passado, o livre arbítrio, os ensinamentos religiosos e o conhecimento das limitações humanas.

Para Platão, era preciso ensinar a virtude ao invés de copiar sistematicamente o que todos os outros faziam. Isso porque o homem já havia se dedicado a criar leis para servirem como referencial do que é certo ou errado.

Assim, a avaliação do certo e errado deve ser feita com base na justiça, no conhecimento dos direitos alheios e nos pactos sociais.

No final do século XX, o entendimento do certo e do errado já começa a passar por um filtro consolidado por uma maior consciência humana.
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O que é certo e o que é errado como saber? - de um texto religioso cristão.

QUEM tem a autoridade de estabelecer os padrões do que é certo e do que é errado? Essa pergunta surgiu no começo da história humana. Segundo o livro bíblico de Gênesis, Deus escolheu certa árvore no jardim do Éden para representar o “conhecimento do que é bom e do que é mau”. (Gênesis 2:9) Deus instruiu o primeiro casal humano a não comer o fruto daquela árvore. No entanto, o inimigo de Deus, Satanás, o Diabo, insinuou a Adão e Eva que, se eles o comessem, seus olhos ‘forçosamente se abririam’ e eles ‘forçosamente seriam como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau’. — Gênesis 2:16, 17; 3:1, 5; Revelação (Apocalipse) 12:9.
Adão e Eva tinham de tomar uma decisão — aceitariam as normas de Deus sobre o que é bom e o que é mau ou seguiriam as suas próprias? (Gênesis 3:6) Eles escolheram desobedecer a Deus e comer do fruto da árvore. O que significava esse simples ato? Por se recusarem a respeitar os limites estabelecidos por Deus, Adão e Eva afirmavam que eles e seus descendentes se sairiam melhor se estabelecessem as suas próprias normas do que é certo e do que é errado. Será que a humanidade tem sido bem-sucedida em tentar agir como Deus, estabelecendo seus próprios padrões?

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certo e errado

                           
Marcelo Rubens Paiva
27 maio 2009 | - blog do Estadão
                                                                                                                                                       

Apresento dona Gilda. Trabalha aqui comigo e apareceu hoje com essa camiseta, que leva à reflexão: O MUNDO É DE QUEM FAZ.
Lembra a letra de FUGAZ, de Marina Lima: “Meu mundo é você quem faz…” Lembra o pré-socrático Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”.
Lembra os comentários polêmicos, alguns intolerantes, que são postados neste blog.
Tal conceito introduziu o relativismo no pensamento ocidental, inspirou Platão e redefiniu a filosofia. Veio Kant, que propôs que existem verdades absolutas e universais. Nossa imagem de mundo é imposta pelo espírito humano, e como somos iguais na maioria dos aspectos, as verdades são as mesmas para cada um, escreveu.
Sócrates propunha o seguinte dilema. Um vento pode ser frio para alguns. E o mesmo vento pode ser refrescante para outros. Portanto, o mesmo vento tem dois significados. Todas as imagens do mundo refletem no repertório pessoal de cada um, e nenhuma é mais verdadeira do que outra. É o indivíduo quem decide a medida do vento.
“Eu não me aventuro a negar que os loucos e os sonhadores acreditam no que é falso, quando os loucos imaginam que são deuses, e os sonhadores pensam que têm asas e voam em seus sonhos. Se o que parece a cada homem é verdade para ele, um homem não pode ser mais sábio do que outro”, teria dito Sócrates. Portanto, sabedoria não existe?
O que é certo ou errado depende de cada grupo, de cada período da história. Já foi certo para alguns comerem carne humana, escravizar. É errado matar. É certo guerrear?
É certo condenar o que é errado em outra cultura? Alguma cultura é superior a outras? Relativismo está em toda parte.
A tese do relativismo deixou de abordar cada indivíduo e passou a ser de cada grupo social, ou cidade, ou Estado. É a comunidade em que vive que decidiu o que é certo ou errado para esse grupo. E através da maioria se decide fazer justiça e decretar o que é verdade.
Há uma variedade imensa de crenças morais. A verdade é escolhida, não é absoluta, dependendo da conveniência de cada comunidade, para garantir a sua preservação. As leis da natureza são necessárias, as dos homens são fortuitas, diziam os sofistas.
Alguns queimam mortos, outros enterram. Em alguns países, o aborto é permitido, a eutanásia é consentida, o casamento gay é liberato, em outros, crime. Países liberaram a maconha e até o plantio para uso próprio. Em outros, é condenável. A prostituição existe. Há quem condene, e há quem sindicalize.
Pessoas acham normal frequentarem boates de prostituição, outras condenam. E é por isso que nesse blog os comentários divergem e são aceitos e publicados pelo mediador. Por respeito à divergência e tolerância. Como dizia o meu pai, “posso não concordar com suas palavras, mas garantirei até a morte o seu direito de dizer.”

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Certo ou Errado?

No conceito de certo ou errado acredita-se que o de determinada cultura é o verdadeiro. Isso é imposto para a sociedade como padrão e fere o direito do outro como verde absoluta. É claro que devemos evitar o ilícito, mas respeitar o direito de certo ou errado de outras culturas...


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o bem e o mau

O bem e o mal, ou o bom e o mau, são relativos? Dependem da posição ou da lente de quem os observa e classifica?
Estes conceitos de bom e mau já não mais existem na filosofia moderna, em que alguns pensadores tratam o tema do ponto de vista do julgamento ou avaliação de atitudes e comportamentos que não necessariamente devem ser classificados como sendo bons ou maus. Para eles, é necessário a “desconstrução” daquilo que se está analisando para entender de forma verdadeiramente empática às razões, os valores e crenças que levaram o agente àquela atitude. Nietzsche aborda com maestria este pensamento em suas obras “Genealogia da Moral” e “Para Além do Bem e do Mal”.
“Segundo Nietzsche, a verdade e a falsidade não mais existem, o homem está destinado à multiplicidade, pois tudo é interpretação. Como toda interpretação é perspectivista, isto é, relativa a um certo nível de potência, o bem e o mal seriam relativos, válidos para as relações de poder estabelecidas; desse modo, os valores estariam para além da moral, pois seriam compostos pelas relações de poder estabelecidas entre os seres humanos. Dessa forma, suas afirmações devem ser tomadas como um ‘instrumento’ que serve para demarcar as possíveis interpretações de mundo, e não como uma verdade”.
Imagine a existência de uma tribo isolada onde matar e comer o filho primogênito, quando este atinge um determinado tamanho, é parte da cultura, pois se acredita que este filho, sendo digerido, literalmente passa a integrar o corpo e o espírito daqueles que o devoraram, e assim será transmitido entre as gerações e terá uma vida eterna. Para este filho, é um orgulho ser o primogênito e ser devorado, pois entende ser um privilegiado por ser eternizado. Neste caso, teríamos o direito de intervir para evitar que cometam esta “maldade”, segundo nossos valores e crenças?
O ato dos pais e familiares que matam e devoram o filho, neste contexto, é bom ou mau? Ou neste caso este conceito não é aplicável?
Temos o direito de prejulgar um pai que mata a filha e atira pela janela, simplesmente qualificando-o de culpado ou inocente, bom ou mau?
Nós somos bons ou maus pelo fato de amarmos acompanhar estas notícias na televisão e jornais como se fossem uma novela de ficção?



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