quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Gravidez na Adolescência

A gravidez na adolescência consiste na gravidez de uma adolescente. Apesar de a Organização Mundial de Saúde considerar a adolescência como um período de dez a vinte anos na vida de um indivíduo, cada país especifica a idade em que seus cidadãos passam a ser considerados adultos (a chamada maioridade legal). Como fator fundamental para a ocorrência da gravidez, está a ocorrência da menarca, o primeiro período menstrual, que ocorre próximo aos 10, 15 anos, embora este valor varie de acordo com a etnia e o peso. A média de idade da ocorrência da menarca tem diminuído como o passar dos anos.

Mundialmente, as taxas de gravidez na adolescência varia entre 143 para 1000 na África subsaariana, a 2,9 para 1000 na Coreia do Sul. No Estado de São Paulo, desde o final dos anos 1990, houve uma redução na fecundidade adolescente. Dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados indicam uma redução de 20% na taxa de fecundidade das mulheres de 15 a 19 anos, no primeiro quinquênio dos anos 2000.

A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebê, muito menos de uma família. Entretanto, o seu organismo já está preparado para prosseguir com a gestação, já que, a partir do momento da menstruação, a maturidade sexual já está estabelecida. Outra polêmica é o de mães solteiras: por serem muito jovens, os rapazes e as moças não assumem um compromisso sério e, na maioria dos casos, quando surge a gravidez, um dos dois abandona a relação sem se importar com as consequências. Este é apenas um dos motivos que fazem crescer, consideravelmente a cada ano, o número de pais e mães jovens e solteiros.

Alguns especialistas afirmam que, quando a escola promove explicações e ações de formação sobre educação sexual, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis. É importante que, quando diagnosticada a gravidez, a adolescente comece o pré-natal, receba apoio da família e do seu contexto social e tenha auxílio, acompanhamento psicológico e obstetra adequados à situação.

Pré-Natal

O pré-natal à adolescente inclui atendimento médico, psicológico, social e odontológico com atividades em grupos de gestantes, acompanhantes, aleitamento materno cuidados com os bebês na puericultura – reforçou o autocuidado e desenvolveu criatividade na solução dos problemas enfrentados pelas jovens mães. O atendimento humanizado e de qualidade no pré-natal, no parto e no puerpério é fundamental para diminuir esses agravos. É importante, ainda, a inclusão de medidas de prevenção à síndrome da imunodeficiência adquirida e a sua mãe e promoção da saúde, em vez da assistência estritamente biológica e curativa. Principalmente, é importante que a adolescente seja informada de seus direitos, como o de ter acompanhante de sua escolha durante toda a gestação e durante o trabalho de parto, no parto e no pós-parto (Estatuto da Criança e do Adolescente e Lei 11 108).

A unidade básica de saúde pode conduzir a assistência pré-natal da adolescente que não for caracterizada de alto risco, e realizar toda a rotina de consultas de pré-natal como também a solicitação de exames laboratoriais, imunizações e procedimentos técnicos.
Riscos

    Maior possibilidade de parto prematuro (menos de 37 semanas);
    Maior possibilidade de cesárea;
    Maiores possibilidades de aborto espontâneo;
    Maiores possibilidades de má-formações;
    Maior possibilidade de baixo comprimento (menos de 45 centímetros e 2,5 kg);
    Maiores problemas de desenvolvimento.

Métodos Contraceptivos

Espermicida

Espermicida é um produto, uma espécie de gel, comprado em farmácias sem a necessidade de receitas médicas e utilizado para matar ou imobilizar os espermatozóides evitando que eles cheguem ao óvulo. É aplicado na vagina pouco antes da relação sexual, mas não oferece o mesmo grau de proteção que a camisinha, por exemplo. O ideal é que seja usado junto com a camisinha aumentando assim sua eficácia.

Diafragma

...É um objeto côncavo, arredondado e de bordas, feito de borracha flexível. Para utilizá-lo é necessário aplicar-lhe o espermicida e em seguida inseri-lo no canal vaginal. Ele funciona como uma barreira de proteção do útero.

Camisinha

É o método contraceptivo mais seguro chegando a oferecer 90% de segurança em relação a gravidez. Além da gravidez previne também todo tipo de doença sexualmente transmissível. Além disso, pode ser utilizada tanto pelo parceiro (camisinha masculina) quanto pela parceira (camisinha feminina). Outra vantagem é que sua aquisição é fácil. Tanto pode ser adquirida gratuitamente nos postos de saúde como comprada a um preço módico em supermercados e farmácias. O único cuidado que deve ser tomado é o de observar se o produto tem o selo do imetro e se está dentro da data de validade.
 
Pílulas anticoncepcionais

Um dos métodos contraceptivos mais populares as pílulas ocupam o primeiro lugar no ranking dos métodos mais usados pelas meninas. Isso acontece, primeiro porque sua fama de método seguro é grande, segundo porque o acesso a esse produto também é muito fácil. Embora isso seja errado a maioria das farmácias não pede receita médica no ato da compra e muitas mulheres fazem uso desse medicamento sem orientação médica. É importante salientar que essa atitude não deve ser cultivada. O uso de qualquer medicamento por iniciativa própria é arriscado à saúde. As pílulas costumam provocar efeitos colaterais como aumento ou redução de peso, dores de cabeça, náuseas, tonturas, entre outros.
 
Outras alternativas

Além desses há ainda um método contraceptivo que não é adequado à adolescência. É o DIU (Dispositivo Intra Uterino). Trata-se de um mecanismo depositado, apenas pelo médico, no útero da mulher e que deve ser acompanhado pelo menos de 6 em 6 meses pelo ginecologista.


Não resta dúvida então que o melhor remédio para não engravidar é prevenir, certo? Porém, se algo deu errado há um método contraceptivo de urgência: trata-se da “pílula do dia seguinte”. É um medicamento que deve ser usado quando, por acidente, falham os outros métodos. Importante: apenas em casos extremos. Não dá para ser irresponsável e sair por aí transando sem proteção e tomando a pílula toda vez que transa. A eficiência do uso da “pílula do dia seguinte” está relacionada com o tempo que leva entre a transa e a ingestão do medicamento. Quando mais cedo for tomada maior sua eficácia. Seu uso errado pode ser prejudicial a gravidez, por isso deve ser orientado pelo médico.

Fonte (com alterações) 

Muitas meninas utilizam o método da tabelinha, coito interrompido e ate mesmo da “duchinha”, mas é comprovado que não se trata de métodos confiáveis e que é possível ocorrer uma gravidez quando utilizados, portanto a utilização desses métodos deve ser como complemento de métodos seguros como os acima citados....

 Sugestão de leitura: blog Gravidez na Adolescência

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