quinta-feira, 14 de abril de 2016

Quem somos nós? Processos de evolução humana.

Evolução humana

Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento processo de alterações (mudanças). Esta é a idéia central da evolução: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo.
Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin, tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceita pela maioria dos cientistas.
Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedição de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica.
Em 1836, de volta  à Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espécimes animais e vegetais coletados em todos os continentes, além de uma enorme quantidade de anotações. Após vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espécies através da seleção natural, livro publicado em 1859.
A grande contribuição de Darwin para a teoria da evolução foi a idéia da seleção natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificações que podem ser passadas para as gerações seguintes.
No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e pescoço longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as girafas de pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa característica favorável aos descendentes. A seleção natural nada mais é, portanto, do que o resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam uma espécie ao meio ambiente. [...]
A idéia seleção natural não encontrou muita resistência, pois explicava a extinção de animais como os dinossauros, dos quais já haviam sido encontrados muitos vestígios. O que causou grande indignação, tanto nos meios religiosos quanto nos científicos, foi a afirmação de que o ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera há milhões de anos. Logo, porém surgiria a comprovação dessa teoria, à medida que os pesquisadores  descobriam esqueletos com características intermediárias entre os humanos e os símios.


Evolução Humana

É comum ouvir, em relação à teoria evolutiva, que “o homem descende do macaco”. Isso não está correto. O ser humano não descende de nenhuma espécie vivente de primata, ainda que seu parente vivo mais próximo seja o chimpanzé.

Uma história curta

A espécie humana, Homo sapiens, surgiu há apenas 100 mil anos. Mas seus antepassados mais remotos viveram há aproximadamente 4 milhões de anos.
A história da espécie é muito curta, se comparada com a da Terra. Para compreender esse fato, pode-se supor que a história da Terra se concentra em 24 horas. A Terra teria se formado à 0h; as primeiras evidências de vida apareceriam às 5h15. As 21h30, o mar estaria cheio de vida. Às 23h, apareceriam os dinossauros, que se extinguiriam às 23h42. Às 23h59, surgiriam os primeiros antepassados da espécie humana, e 1,7 segundo antes das 24 horas, apareceria a espécie humana.

A linha do tempo dos antepassados humanos

Atualmente, a família dos hominídeos engloba a espécie humana e os símios, como o chimpanzé, o gorila e o orangotango. Mas, no passado, existiram outros hominídeos, conhecidos somente pelos fósseis encontrados. Precisamente, uma das mais importantes jazidas arqueológicas é a Atapuerca, em Burgos.
Os fósseis indicam quando apareceram e quando se extinguiram as espécies anteriores ao ser humano. Assim, representando em um gráfico esses dados, pode-se obter dessa forma, uma linha do tempo.

Os mais antigos antepassados humanos pertenciam ao gênero Australopithecus. O gênero Homo, ao qual pertencem os seres humanos atuais, é mais recente. Nem todas as espécies que aparecem no gráfico são de antepassados do homem. Algumas delas correspondem a antepassados e outras são “espécies parentes”.
Além disso, a árvore genealógica do ser humano ainda não é definitiva. De tempos em tempos se descobrem novos fósseis que devem ser acomodados nela.


Características Peculiares da Espécie Humana 

Cultura é a principal característica distintiva de nossa espécie, e é de várias maneiras um reflexo das  nossas características físicas. Cultura desenvolveu-se  passo a passo ao longo de nossa evolução física.
Um dos temas importantes no estudo evolutivo é a presença de artefatos culturais e evidências de práticas culturais no registro fóssil da primitiva vida humana. Evidências culturais e pistas sobre suas origens também podem ser relacionadas ao design único de nossos corpos e em nossos padrões de maturação. 
Se é verdade que cultura, pelo menos em termos mais complexos e elaborados , é uma característica distintamente humana, devemos ressaltar os seguintes questionamentos: Por que o comportamento cultural é tão exclusivamente importante aos seres humanos? Como e por que se desenvolveu? Qual o papel em nossas vidas? A cultura é um simples reflexo de nossa inteligência? Surgiu automaticamente relacionado ao aumento da caixa craniana? Talvez..., mas devemos responder criteriosamente, inicialmente precisamos examinar "como nós somos, fisicamente?", e posteriormente podemos analisar as pistas sobre a natureza da cultura e seu papel em nossa existência.
O corpo humano apresenta um design notável que pode nos apontar, em grande parte, aspectos do nosso modo de vida. Algumas das habilidades mais importantes da nossa espécie podem ser observadas em características peculiares que determinam nossas vantagens especiais, limitações físicas, e o modo distinto que amadurecemos como indivíduos.
Estes aspectos se sobressaem quando comparados aos nossos parentes mais próximos, os macacos. Não iremos nos ater a diferenças secundárias entre macacos e humanos, pois ressaltaremos dez diferenças significativas que influenciam como nós vivemos nossas vidas como seres humanos:

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