terça-feira, 31 de março de 2015

Dia 31/03, tarefas de VPS para casa

6º ano - visitar o blog.
7º ano - criar uma extrapolação da Teoria das Janelas Partidas e visitar o blog.
8º ano - pensar o projeto Janelas Partidas e visitar o blog.
9º ano - pensar o projeto Janelas Partidas e visitar o blog.

Raul Seixas - Tente Outra Vez


O maluco beleza Raul Seixas escreveu a letra da belíssima canção Tente Outra Vez em parceria com um famoso escritor brasileiro que, à época, ainda rascunhava o caminho literário que seguiria.

Quem é esse autor?

O prêmio pela resposta correta será ofertado na terça, dia 07 de abril, ao primeiro aluno de cada ano a se manifestar no momento adequado.

Projeto Janelas Partidas

Plano de trabalho:
-    Com cabeçalho (nome dos participantes, turma e escola).
1 - ideia a ser pesquisada;
2 - investigação;
3 - croqui preparatório;
4 - divisão de tarefas;
5 - busca de materiais;
6 - consolidação da ideia e formulação do resultado;
7 - postagem no blog.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Monte Castelo - 55 anos de Renato Russo


O vocalista e principal compositor da Legião Urbana, Renato Russo, baseou-se em dois textos conhecidíssimos para escrever a música Monte Castelo, um do livro mais vendido no mundo e outro do poeta mais famoso da língua portuguesa. 
Atividade extra: o primeiro aluno de cada ano que, no início da aula de terça, dia 31/03, apresentar quais são esses dois textos muito conhecidos, receberá um prêmio (também extracurricular, claro). - Esta chamada está sendo informada apenas no blog.

Boa sorte na pesquisa e deliciem-se com esta linda canção.

Dia 26/03, tarefas de VPS para casa

6º ano - terminar a tarefa da aula passada: explicar uma frase do posto d´O Pensador, exemplificar com uma representação e contar quem foi o autor.
7º ano - votar na enquete do Blog, para escolher o logotipo.
8º ano - iniciar o projeto Janelas Partidas no Indi, buscando uma coisa certa e errada e postando no Blog.
9º ano - iniciar o projeto Janelas Partidas no Indi, buscando uma coisa certa e errada e postando no Blog.

Projeto Janelas Partidas:
- encontrar algo certo e algo errado no INDI;
- em grupo;
- o item certo deve ser explicado, o item errado deve ter uma proposta de solução plausível e prática;
- apresentação do trabalho em formato de POST no Blog (com imagens, vídeos, entrevistas, artigos e qualquer outra ferramenta capaz de esclarecer a proposta).

Propostas de Logotipo

Logo 1

Logo 2

Logo 3

terça-feira, 24 de março de 2015

Dia 24/03, tarefas de VPS para casa

6º ano - Explicar e exemplificar com representação uma das frases do post O pensador: certo e errado, além de contar quem é o autor.
7º ano - Texto para o Blog sobre Certo e Errado.
8º ano - votar na enquete do Blog.
9º ano -Explicar e exemplificar uma frase do post O pensador: certo e errado.

Extrapolação da Teoria das Janelas Partidas

Teoria do Trânsito ou da Manipulação Social - é fazer o errado pois todos fazem sem punição.
Pedro Lorenzo

Teoria da Dominação Mundial Francesa - os franceses criaram regras de etiqueta apenas para dominar o mundo.
Pedro Velho

Teoria do Marketing - uma mentira repetida infinitamente pode se tornar uma verdade.
Lucca Gualda

Teoria das Paredes Pichadas - uma relação direta com a TJP.
Leonardo Vieira

Teoria da Fatia de Bolo ou Da Grama do Vizinho - é possível manipular interesses de acordo com a manifestação do próprio interesse.
Caio Patu

Teoria da Catraca do Metrô - se um pular a catraca sem consequência, vai influir aos outros em pular também.
Lorenzo Balthar

Teoria do Latido - os cães comunicam a situação de forma não verbal assim como os humanos comunicam a situação moral de forma não verbal.
            da Fruta Boa - o avatar dos periquitos avalia a qualidade das frutas.
Giovanna da Paz

Teoria das Paredes Pichadas II - é uma permissão que se dá ao descumprimento da limpeza no muro.
Lucia Moreira

Teoria dos Símbolos Urbano - há um código específico entre as tribos urbanas.
Matheus Teixeira

Teoria da Influência das Celebridades - as "celebridades" influenciam a moda, a moral e a ética.
Lucas Pio

Teoria do Pássaro - usam as necessidades e características do seu competidor para ganho pessoal.
Clara Bispo

Teoria da Influência da Informação - a informação na mídia acaba por influenciar positiva ou negativamente, sendo que às vezes é apenas opinativo.
Raquel Mergerner

Teoria da Mente - quando uma mente se abre ela jamais retorna ao tamanho original.

Luna Abrahão

O pensador: certo e errado

Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia.
Paulo Coelho

Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo.
Renato Russo

Frequentemente é necessário mais coragem para ousar fazer certo do que temer fazer errado.
Abraham Lincoln

Você está certo! Mas pelos motivos errados! E isso faz com que você esteja totalmente errado!
Stephen King

"O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender nossa relação com os outros".
José Saramago

Talvez o certo para você é o errado para mim. Claro, cada um é cada um, ninguém é igual a ninguém. Não vai ser por isso que vamos nos desentender. Duas pessoas discutirem e não chegarem a uma conclusão igual, é a melhor prova de que cada ser humano tem o seu valor e identidade própria.
Raul Seixas

Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado.
Oscar Wilde

A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso do que temos.
Thomas Hardy

Se você obedece todas as regras, acaba perdendo a diversão.
Bob Marley

É errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e a menos que esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em anos, ou mesmo em gerações.
Khalil Gibran

É errado quando acreditas em cada um, mas também é errado quando não acreditas em ninguém.
Sêneca

Não julgue e você nunca estará errado.
Jean-Jacques Rousseau

Neste mundo nada pode ser dado como certo, à exceção da morte e dos impostos.
Benjamin Franklin

Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador de pedras martelando sua rocha talvez 100 vezes, sem que uma única rachadura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que conseguiu isso, mas todas as que vieram antes.
Jacob Riis

Faça o que você sente que está certo em seu coração - pois você será criticado de qualquer maneira. Você será condenado quer faça ou não.
Eleanor Roosevelt

Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando.
George Van Valkenburg

Se os teus princípios morais te deixam triste, podes estar certo de que estão errados.
Robert Stevenson

É certo, afinal de contas, que neste mundo nada nos torna necessários a não ser o amor.
Johann Goethe  
 
No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.
Fernando Sabino



quinta-feira, 19 de março de 2015

Frases filosóficas sobre comunicação, ideia e conceito.

"Se aquilo que não vemos não existe, a escuridão nunca teve a chance de existir." - Pedro Velho Lira

"A lua não é menos importante que o sol e você não é menos importante que ninguém." - Luna Ambrozevicius

"Quanto maior o número de intelectos coletivos com os quais um indivíduo se envolve, mais oportunidades ele terá de diversificar seu conhecimento." - Pierre Lévy, por Lucia Moreira.

"A má informação é mais desesperadora do que a falta dela." - Charles Cabele Colton, por Dante

"Para quê pensar se você pode agir?" - por Leonardo Vieira.

Dia 19/03, tarefas de VPS para casa

6º ano - trazer um email.
7º ano - trazer um email.
8º ano -  criar uma teoria pessoal, baseada em fatos observados, que extrapole a Teoria das Janelas Partidas (tratada em sala de aula).
9º ano - criar uma teoria, baseada em fatos, que extrapole a Teoria das Janelas Partidas (tratada em sala de aula).


certo e errado

O que é certo e errado

Vários filósofos escreveram ensaios sobre o que é certo e errado sob a perspectiva da ética. Apesar de várias tentativas, os pensadores nunca conseguiram definir com sucesso as diferenças entre o certo e o errado, uma vez que essa análise é subjetiva e depende da avaliação pessoal de cada cidadão.

No entanto, a maioria dos filósofos afirma que o tempo é responsável por determinar o que é certo ou errado. Para a filosofia, essa discussão deve ser feita com base em experiências do passado, o livre arbítrio, os ensinamentos religiosos e o conhecimento das limitações humanas.

Para Platão, era preciso ensinar a virtude ao invés de copiar sistematicamente o que todos os outros faziam. Isso porque o homem já havia se dedicado a criar leis para servirem como referencial do que é certo ou errado.

Assim, a avaliação do certo e errado deve ser feita com base na justiça, no conhecimento dos direitos alheios e nos pactos sociais.

No final do século XX, o entendimento do certo e do errado já começa a passar por um filtro consolidado por uma maior consciência humana.
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O que é certo e o que é errado como saber? - de um texto religioso cristão.

QUEM tem a autoridade de estabelecer os padrões do que é certo e do que é errado? Essa pergunta surgiu no começo da história humana. Segundo o livro bíblico de Gênesis, Deus escolheu certa árvore no jardim do Éden para representar o “conhecimento do que é bom e do que é mau”. (Gênesis 2:9) Deus instruiu o primeiro casal humano a não comer o fruto daquela árvore. No entanto, o inimigo de Deus, Satanás, o Diabo, insinuou a Adão e Eva que, se eles o comessem, seus olhos ‘forçosamente se abririam’ e eles ‘forçosamente seriam como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau’. — Gênesis 2:16, 17; 3:1, 5; Revelação (Apocalipse) 12:9.
Adão e Eva tinham de tomar uma decisão — aceitariam as normas de Deus sobre o que é bom e o que é mau ou seguiriam as suas próprias? (Gênesis 3:6) Eles escolheram desobedecer a Deus e comer do fruto da árvore. O que significava esse simples ato? Por se recusarem a respeitar os limites estabelecidos por Deus, Adão e Eva afirmavam que eles e seus descendentes se sairiam melhor se estabelecessem as suas próprias normas do que é certo e do que é errado. Será que a humanidade tem sido bem-sucedida em tentar agir como Deus, estabelecendo seus próprios padrões?

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certo e errado

                           
Marcelo Rubens Paiva
27 maio 2009 | - blog do Estadão
                                                                                                                                                       

Apresento dona Gilda. Trabalha aqui comigo e apareceu hoje com essa camiseta, que leva à reflexão: O MUNDO É DE QUEM FAZ.
Lembra a letra de FUGAZ, de Marina Lima: “Meu mundo é você quem faz…” Lembra o pré-socrático Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”.
Lembra os comentários polêmicos, alguns intolerantes, que são postados neste blog.
Tal conceito introduziu o relativismo no pensamento ocidental, inspirou Platão e redefiniu a filosofia. Veio Kant, que propôs que existem verdades absolutas e universais. Nossa imagem de mundo é imposta pelo espírito humano, e como somos iguais na maioria dos aspectos, as verdades são as mesmas para cada um, escreveu.
Sócrates propunha o seguinte dilema. Um vento pode ser frio para alguns. E o mesmo vento pode ser refrescante para outros. Portanto, o mesmo vento tem dois significados. Todas as imagens do mundo refletem no repertório pessoal de cada um, e nenhuma é mais verdadeira do que outra. É o indivíduo quem decide a medida do vento.
“Eu não me aventuro a negar que os loucos e os sonhadores acreditam no que é falso, quando os loucos imaginam que são deuses, e os sonhadores pensam que têm asas e voam em seus sonhos. Se o que parece a cada homem é verdade para ele, um homem não pode ser mais sábio do que outro”, teria dito Sócrates. Portanto, sabedoria não existe?
O que é certo ou errado depende de cada grupo, de cada período da história. Já foi certo para alguns comerem carne humana, escravizar. É errado matar. É certo guerrear?
É certo condenar o que é errado em outra cultura? Alguma cultura é superior a outras? Relativismo está em toda parte.
A tese do relativismo deixou de abordar cada indivíduo e passou a ser de cada grupo social, ou cidade, ou Estado. É a comunidade em que vive que decidiu o que é certo ou errado para esse grupo. E através da maioria se decide fazer justiça e decretar o que é verdade.
Há uma variedade imensa de crenças morais. A verdade é escolhida, não é absoluta, dependendo da conveniência de cada comunidade, para garantir a sua preservação. As leis da natureza são necessárias, as dos homens são fortuitas, diziam os sofistas.
Alguns queimam mortos, outros enterram. Em alguns países, o aborto é permitido, a eutanásia é consentida, o casamento gay é liberato, em outros, crime. Países liberaram a maconha e até o plantio para uso próprio. Em outros, é condenável. A prostituição existe. Há quem condene, e há quem sindicalize.
Pessoas acham normal frequentarem boates de prostituição, outras condenam. E é por isso que nesse blog os comentários divergem e são aceitos e publicados pelo mediador. Por respeito à divergência e tolerância. Como dizia o meu pai, “posso não concordar com suas palavras, mas garantirei até a morte o seu direito de dizer.”

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Certo ou Errado?

No conceito de certo ou errado acredita-se que o de determinada cultura é o verdadeiro. Isso é imposto para a sociedade como padrão e fere o direito do outro como verde absoluta. É claro que devemos evitar o ilícito, mas respeitar o direito de certo ou errado de outras culturas...


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o bem e o mau

O bem e o mal, ou o bom e o mau, são relativos? Dependem da posição ou da lente de quem os observa e classifica?
Estes conceitos de bom e mau já não mais existem na filosofia moderna, em que alguns pensadores tratam o tema do ponto de vista do julgamento ou avaliação de atitudes e comportamentos que não necessariamente devem ser classificados como sendo bons ou maus. Para eles, é necessário a “desconstrução” daquilo que se está analisando para entender de forma verdadeiramente empática às razões, os valores e crenças que levaram o agente àquela atitude. Nietzsche aborda com maestria este pensamento em suas obras “Genealogia da Moral” e “Para Além do Bem e do Mal”.
“Segundo Nietzsche, a verdade e a falsidade não mais existem, o homem está destinado à multiplicidade, pois tudo é interpretação. Como toda interpretação é perspectivista, isto é, relativa a um certo nível de potência, o bem e o mal seriam relativos, válidos para as relações de poder estabelecidas; desse modo, os valores estariam para além da moral, pois seriam compostos pelas relações de poder estabelecidas entre os seres humanos. Dessa forma, suas afirmações devem ser tomadas como um ‘instrumento’ que serve para demarcar as possíveis interpretações de mundo, e não como uma verdade”.
Imagine a existência de uma tribo isolada onde matar e comer o filho primogênito, quando este atinge um determinado tamanho, é parte da cultura, pois se acredita que este filho, sendo digerido, literalmente passa a integrar o corpo e o espírito daqueles que o devoraram, e assim será transmitido entre as gerações e terá uma vida eterna. Para este filho, é um orgulho ser o primogênito e ser devorado, pois entende ser um privilegiado por ser eternizado. Neste caso, teríamos o direito de intervir para evitar que cometam esta “maldade”, segundo nossos valores e crenças?
O ato dos pais e familiares que matam e devoram o filho, neste contexto, é bom ou mau? Ou neste caso este conceito não é aplicável?
Temos o direito de prejulgar um pai que mata a filha e atira pela janela, simplesmente qualificando-o de culpado ou inocente, bom ou mau?
Nós somos bons ou maus pelo fato de amarmos acompanhar estas notícias na televisão e jornais como se fossem uma novela de ficção?



Janelas Quebradas: Uma teoria do crime que merece reflexão


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A teoria das janelas quebradas ou "broken windows theory" é um modelo norte-americano de política de segurança pública no enfrentamento e combate ao crime, tendo como visão fundamental a desordem como fator de elevação dos índices da criminalidade. Nesse sentido, apregoa tal teoria que, se não forem reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves, em vista do descaso estatal em punir os responsáveis pelos crimes menos graves. Torna-se necessária, então, a efetiva atuação estatal no combate à criminalidade, seja ela a microcriminalidade ou a macrocriminalidade



Por: Luis Pellegrini

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma interessante experiência de psicologia social. Deixou dois carros idênticos, da mesma marca, modelo e cor, abandonados na rua. Um no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e o outro em Palo Alto, zona rica e tranquila da Califórnia. Dois carros idênticos abandonados, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultado: o carro abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. As rodas foram roubadas, depois o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, o carro abandonado em Palo Alto manteve-se intacto.
A experiência não terminou aí. Quando o carro abandonado no Bronx já estava desfeito e o de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores quebraram um vidro do automóvel de Palo Alto. Resultado: logo a seguir foi desencadeado o mesmo processo ocorrido no Bronx. Roubo, violência e vandalismo reduziram o veículo à mesma situação daquele deixado no bairro pobre. Por que o vidro quebrado na viatura abandonada num bairro supostamente seguro foi capaz de desencadear todo um processo delituoso? Evidentemente, não foi devido à pobreza. Trata-se de algo que tem a ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro quebrado numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, faz supor que a lei encontra-se ausente, que naquele lugar não existem normas ou regras. Um vidro quebrado induz ao "vale-tudo". Cada novo ataque depredador reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores torna-se incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseada nessa experiência e em outras análogas, foi desenvolvida a "Teoria das Janelas Quebradas". Sua conclusão é que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se por alguma razão racha o vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão quebrados todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração, e esse fato parece não importar a ninguém, isso fatalmente será fator de geração de delitos.

Origem da teoria
Essa teoria na verdade começou a ser desenvolvida em 1982, quando o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling, americanos, publicaram um estudo na revista Atlantic Monthly, estabelecendo, pela primeira vez, uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade. Nesse estudo, utilizaram os autores da imagem das janelas quebradas para explicar como a desordem e a criminalidade poderiam, aos poucos, infiltrar-se na comunidade, causando a sua decadência e a consequente queda da qualidade de vida. O estudo realizado por esses criminologistas teve por base a experiência dos carros abandonados no Bronx e em Palo Alto.
Em suas conclusões, esses especialistas acreditam que, ampliando a análise situacional, se por exemplo uma janela de uma fábrica ou escritório fosse quebrada e não fosse, incontinenti, consertada, quem por ali passasse e se deparasse com a cena logo iria concluir que ninguém se importava com a situação e que naquela localidade não havia autoridade responsável pela manutenção da ordem.
Logo em seguida, as pessoas de bem deixariam aquela comunidade, relegando o bairro à mercê de gatunos e desordeiros, pois apenas pessoas desocupadas ou imprudentes se sentiriam à vontade para residir em uma rua cuja decadência se torna evidente. Pequenas desordens, portanto, levariam a grandes desordens e, posteriormente, ao crime.
Da mesma forma, concluem os defensores da teoria, quando são cometidas "pequenas faltas" (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade, passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, logo começam as faltas maiores e os delitos cada vez mais graves. Se admitirmos atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando essas crianças se tornarem adultas.
A Teoria das Janelas Quebradas definiu um novo marco no estudo da criminalidade ao apontar que a relação de causalidade entre a criminalidade e outros fatores sociais, tais como a pobreza ou a "segregação racial" é menos importante do que a relação entre a desordem e a criminalidade. Não seriam somente fatores ambientais (mesológicos) ou pessoais (biológicos) que teriam influência na formação da personalidade criminosa, contrariando os estudos da criminologia clássica.
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No metrô de Nova York
Há três décadas, a criminalidade em várias áreas e cidades dos EUA – com Nova York no topo da lista - atingia níveis alarmantes, preocupando a população e as autoridades americanas, principalmente os responsáveis pela segurança pública. Nesse diapasão, foi implementada uma Política Criminal de Tolerância Zero, que seguia os fundamentos da "Teoria das Janelas Quebradas".
As autoridades entendiam que, por exemplo, se os parques e outros espaços públicos deteriorados forem progressivamente abandonados pela administração pública e pela maioria dos moradores, esses mesmos espaços serão progressivamente ocupados por delinquentes.
A Teoria das Janelas Quebradas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, que se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento da passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados positivos foram rápidos e evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Quebradas e na experiência do metrô, deu impulso a uma política mais abrangente de "tolerância zero". A estratégia consistiu em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à lei e às normas de civilidade e convivência urbana. O resultado na prática foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão "tolerância zero" soa, a priori, como uma espécie de solução autoritária e repressiva. Se for aplicada de modo unilateral, pode facilmente ser usada como instrumento opressor pela autoridade fascista de plantão, tal como um ditador ou uma força policial dura. Mas seus defensores afirmam que o seu conceito principal é muito mais a prevenção e a promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, mas sim de impedir a eclosão de processos criminais incontroláveis. O método preconiza claramente que aos abusos de autoridade da polícia e dos governantes também deve-se aplicar a tolerância zero. Ela não pode, em absoluto, restringir-se à massa popular. Não se trata, é preciso frisar, de tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
A tolerância zero e sua base filosófica, a Teoria das Janelas Quebradas, colocou Nova York na lista das metrópoles mundiais mais seguras. Talvez elas possam, também, não apenas explicar o que acontece aqui no Brasil em matéria de corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc., mas tornarem-se instrumento para a criação de uma sociedade melhor e mais segura para todos.
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